A auditoria nas contas do Estado iniciada após a posse do governador Fernando Pimentel (PT) detectou o “sumiço” de cerca de R$ 1 bilhão em dívidas, assumidas com empresas na gestão anterior e ainda não pagas, mas que não constam na previsão do orçamento.
O balanço feito pela administração atual descobriu que na última semana do governo de Alberto Pinto Coelho (PP) foi feito o cancelamento de R$ 1,15 bilhão em empenhos. Na prática, o Estado assumiu o compromisso em obras, serviços, compras de materiais, mas, depois, suspendeu a ordem de pagamento.
A hipótese levantada pelos atuais gestores é de que o cancelamento do empenho junto a fornecedores seria uma tentativa do governo passado de driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Caso os empenhos não fossem suspensos, iriam entrar no orçamento deste ano como restos a pagar e teriam de ter recursos assegurados na peça orçamentária.
Ainda sem saber como solucionar o impasse, o governo do Estado irá conferir todos os cancelamentos para verificar se houve, ou não, efetivamente a despesa e, portanto, se existe débito ou não. Fornecedores já ameaçam entrar na justiça afim de receber seus serviços prestados.
O governo do estado já teria aberto uma negociação ou pelo menos uma conversa com os fornecedores. No fim do mês, o governo deverá apresentar um balanço geral das contas do Estado.
Publicado em 04/03/2015
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