Na foto, imagem aérea da VSB, em Jeceaba
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 6,4% em Abril, ante 6,2% em Março, é o que informou esta semana o IBGE. Segundo o instituto, é a maior taxa desde Maio de 2011, quando ficou em 6,5%. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a taxa de desemprego ficou em 5,5%, superior aos resultados de Abril de 2014 (3,6%) e ao de Março de 2015 (4,7%).
E a retração da economia começa a fazer estragos em diversas regiões de Minas, algumas bem perto de nós. Recentemente acompanhamos problemas no setor siderúrgico em São João del Rei, e esta semana duas notícias merecem destaque neste sentido.
Região de Congonhas e Jeceaba
A região do Alto Paraopeba, formada por cidades como Ouro Branco e Congonhas, onde a economia é extremamente dependente do desempenho da indústria mineradora e da siderurgia, sente os efeitos da crise, agravada pela queda das encomendas internacionais em setores chaves, como comércio, serviços e construção civil.
Em Jeceaba por exemplo, o clima é de preocupação. Dezenas de demissões já ocorreram, e a VSB, empresa responsável pelo “BUM” que todos vimos na cidade, entrará em férias coletivas durante os próximos 5 meses. Neste período os funcionários farão cursos de aperfeiçoamento aguardando uma reação do mercado. E em Congonhas, onde atuam indústrias extrativas, como Vale e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o saldo de empregos em Março foi de 110 vagas extintas.
Polo moveleiro
Em Ubá, no polo moveleiro da Zona da Mata, a má notícia veio da Itatiaia, uma das maiores fábricas de móveis do país. A empresa anunciou esta semana a demissão de 17% de seu quadro de funcionários, a ação envolve 3 unidades em Minas e Espírito Santo, só na fábrica de Ubá são 100 demitidos.
O polo moveleiro de Ubá possui 338 indústrias de móveis, 218 apenas na cidade. Ao todo, mais de 16 mil empregos são gerados atualmente. Segundo o sindicato responsável pelos trabalhadores do setor naquela região, as empresas enfrentam problemas relacionados à retração da economia, mas não há indícios que o exemplo da Itatiaia se repita em outras fábricas no momento.
No campo das vertentes, a economia tem se segurado, apoiada muito no turismo e na produção de móveis e artesanato. Por aqui a economia também retraiu, mas o grande volume de eventos culturais, a vocação nata para um público turístico diversificado e a tradição de produzir artigos únicos que circulam por todo o país tem mantido a economia de maneira morna, porém sustentável.
Publicado em 22/05/2015 às 12:29
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