E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Êxodo 3, 5.
No mês de maio fizemos uma peregrinação à Terra Santa. Éramos, no total, seis padres de nossa Diocese, aproximadamente quarenta leigos (as) de diversas cidades, sob a direção espiritual de nosso Bispo Dom Célio. Ir à terra santa é ir ao encontro do Santo da terra: de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, nosso Salvador. Não se trata de turismo, nem mesmo de um simples enriquecimento cultural, mas acima de tudo de um encontro. Ir ao encontro dos palestinos, de um povo sofrido, de uma nova cultura e de uma forte experiência de Deus.
Alguém proferiu uma frase forte no meio da viagem: “o peregrino faz sua peregrinação de dois modos: ou vai em busca de si mesmo e encontra Deus, ou então,vai ao encontro de Deus e encontra-se consigo mesmo”. De fato, um verdadeiro encontro com o Senhor Ressuscitado, revela-nos nossa verdadeira identidade e vocação humana. Numa palavra: fomos ao encontro do Senhor que está vivo para que Ele nos revele o verdadeiro sentido da vida! O papa Francisco, em seu encontro com o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu afirmou, diante da porta do Santo Sepulcro: “É uma graça extraordinária estarmos aqui reunidos em oração. O Túmulo vazio, aquele sepulcro novo situado num jardim, onde José de Arimateia devotamente depusera o corpo de Jesus, é o lugar donde parte o anúncio da Ressurreição”. È este encontro com o Ressuscitado a finalidade de uma peregrinação, assim, toda peregrinação deve ser um divisor de águas na vida daquele que crê. Somos chamados a ser homens e mulheres novos!
Tivemos ainda a grande graça de estarmos na terra santa nos dias da visita do Papa Francisco. Testemunhamos in loco a força das palavras e dos gestos do Sucessor de Pedro. Naquela terra, marcada por tantas feridas e violência ouvia-se a voz profética de Francisco. Porém, às vezes os gestos são mais eloquentes: aquela parada inesperada diante do “mudo da vergonha” que separa os territórios de Israel e Palestina, o encontro com líderes do Judaísmo e Islamismo, o abraço histórico ao Patriarca de Constantinopla! Assim, o Papa cumpre sua missão no mundo de confirmar seus irmãos na fé e promover uma cultura do diálogo e da paz! Por fim, o convite feito aos líderes dos dois povos para uma jornada de oração pelo oriente médio.
Finalmente, quero encorajar os cristãos, aqueles possuem condições, a visitar aquele lugar tão significativo. O grande João Paulo II se referiu à terra santa como sendo o “quinto evangelho.” Sem dúvida esta é uma grande verdade: ali, cada pedra, cada monumento, cada árvore de oliveira, cada Igreja milenar fala da presença consoladora do Filho de Deus que trouxe ao mundo a salvação e a proposta do amor. Encorajo cada um a ir ao Encontro do Senhor, a orar pela pequena, mas forte comunidade cristã ali presente. A ser generoso com a coleta dos lugares santos feita a cada sexta-feira da paixão! Convido cada um a realizar esse encontro com o Senhor vivo a cada Santa Missa. Afinal, quando Jesus se faz presente no pão e no vinho consagrados sobre o altar, a sua Igreja ou a sua Capela, por menor e mais simples que seja, torna-se Terra Santo, território sagrado!!! Shalom, Salam, Paz e Bem a todos!
Pe. Dirceu de Oliveira Medeiros
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