Eles são menores de idade, ainda nem terminaram o Ensino Fundamental, mas já apresentam níveis preocupantes de alcoolismo. Além da bebida, outros hábitos dos adolescentes, como a alimentação, não andam tão bons assim, seja em Minas Gerais, seja no Brasil. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) 2015, divulgada pelo IBGE.
Dos cerca de 2,6 milhões de estudantes que cursavam o 9º ano do ensino fundamental no ano passado com idade entre 13 e 15 anos, 55,5% (1,5 milhão) já haviam consumido uma dose de bebida alcoólica alguma vez, percentual superior ao observado em 2012 (50,3% ou 1,6 milhão).
Pela primeira vez, foram analisados os dados por estado. Os adolescentes mineiros superam a média nacional e saem na frente dos outros moradores da Região Sudeste. Do total de entrevistados, 57,1% admitiram ter experimentado bebida alcoólica alguma vez. A consequência desse uso precoce do álcool, a embriaguez, também assusta: 22% dos estudantes dessa faixa etária afirmaram ter sofrido algum episódio de bebedeira na vida.
Médico sanitarista, o Gerente da Pense, Marco Andreazzi, conta que essa faixa etária é avaliada por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que sugere pesquisas para avaliar fatores de risco, pois nessa fase da vida os adolescentes estão expostos a fatores ou experimentações que tendem a se perdurar. “Podem significar fatores importantes no desenvolvimento de doenças não transmissíveis que estão em destaque no Brasil e no mundo. Dados de 2008 mostram que 63% dos óbitos no planeta foram ocasionados por doenças crônicas e, no Brasil, levantamentos de 2014 mostram que esse índice ficou em 72%”, afirma o médico. “Diminuir a incidência delas é estimular fatores de proteção, que deve ser feita desde a infância, mas que ocorrem em sua maior parte na adolescência.”
Informações: EM.com
Publicado em 02/09/2016 às 10:55
Prados Online
2012 Prados Online | cnpj: 15.652.626/0001-50