Em busca de novos parceiros para viabilizar o plantio de 30 milhões de mudas de árvores em cerca de 20 mil hectares em todo o Estado, até dezembro de 2018, o Governador Fernando Pimentel (PT) se reuniu na manhã de ontem com ambientalistas e entidades ligadas ao assunto para apresentar o projeto Plantando o Futuro. Instituído por meio de decreto em março deste ano, o programa tem como meta a recuperação de 40 mil nascentes, 6 mil hectares de matas ciliares e 2 mil hectares de áreas degradadas.
O plantio de mudas é, segundo o projeto, uma forma de enfrentar a crise hídrica e a redução da oferta de água – conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população nas últimas décadas, e a perspectiva é que continue a crescer. Dessa forma, o documento prevê que o mundo vai enfrentar um déficit no abastecimento de água de 40% até 2030.
Para a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), o projeto deve contemplar áreas de mineração abandonadas, áreas de voçorocas (buracos no solo provocados por erosão), pastagem degradada e antigos depósitos de resíduos urbanos.
Qualquer pessoa, entidade ou empresa, pode participar do programa, desde que apresente um projeto ao Plantando o Futuro, as parcerias podem ser viabilizadas de várias formas.
Nos primeiros quatro meses de atuação, mais de 20% do objetivo foi cumprido, com a produção e o plantio de mais de 6 milhões de mudas de árvores e a recuperação de cerca de 4 mil hectares. Entre os locais beneficiados, estão as nascentes ao longo dos afluentes do ribeirão Serra Azul, na região metropolitana de Belo Horizonte, e a região da Serra do Espinhaço.
As metas são difíceis, mas não impossíveis de se alcançar. De acordo com a Gerente de Educação Ambiental do Instituto Terra, Gladys Nunes, o plantio de mudas é o primeiro passo para a formação de florestas, que geram água, fauna, flora e qualidade de ar. “A gente começa plantando, e aí tudo vem, inclusive a consciência das pessoas de que realmente é possível fazer. A gente tem que começar, e o resto são consequências ótimas”, disse.
Segundo ela, a parceria do Instituto Terra com o projeto visa alcançar a recuperação de mil nascentes na bacia do rio Manhuaçu, que é afluente do rio Doce, em Aimorés, na região do rio Doce, com a plantação de mudas típicas de Mata Atlântica. “O desafio maior é conseguir a adesão, a consciência do cidadão, porque sem ele a gente não faz a parte prática, que é produzir e plantar muda. A gente precisa que todos os cidadãos estejam engajados e sejam protagonistas desse projeto, de garantia do futuro”.
Informações: O Tempo
Publicado em 08/11/2016 às 11:50
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