O rádio AM está com os dias contados. E os radiodifusores comemoram. Começa neste ano a migração das rádios AM para a frequência FM, uma reivindicação antiga do setor, que vinha sofrendo progressivamente com a queda de audiência e de faturamento na frequência AM em função da perda da qualidade do sinal, prejudicada pelo crescimento urbano. Na nova faixa de rádio, as emissoras ganham não só em qualidade técnica, como também em audiência – e consequentemente em receita, pois o sinal FM tem alcance maior e pode ser sintonizado em celulares e tablets, o que, enfim, insere as emissoras AM tardiamente na era digital.
O Decreto do Governo Federal de 2013 que autoriza a migração de faixa começa a ter efeito prático agora, e cerca de 240 emissoras de rádio AM de todo o Brasil já estão autorizadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações a fazer a mudança. Minas Gerais é o Estado com mais rádios aptas para a transferência, por enquanto 15 no total, todas do interior.
Em Belo Horizonte, o processo também já está em curso, mas será um pouco mais lento. A faixa de FM da cidade não tem hoje espaço disponível para novas emissoras e, por isso, será necessário aguardar o desligamento do sinal analógico na capital. Previsto para 26 de julho próximo, ele vai liberar os canais 5 e 6, que poderão ser usados para a expansão da faixa FM. Enquanto isso, as emissoras preparam seus planos de migração.
Migração
Adesão. O Brasil tem hoje 1.781 estações AM; desse total, 77% solicitaram ao Governo a mudança de frequência.
Espectro. Após o desligamento do sinal analógico, a frequência FM, que hoje fica entre 87.9 e 107.9, vai aumentar e ficará entre 76 e 107.9.
Publicado em 04/01/2017 às 11:40
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