O Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirmou, ontem, em vídeo postado nas redes sociais do Governo de Minas Gerais, que a incidência de febre amarela no estado é grave, mas não é motivo para alarme por parte da população.
Pimentel ressaltou que o Governo do Estado já está implementando ações de prevenção nas regiões em que foram identificados casos da doença, incluindo o início da vacinação das populações que moram em áreas rurais dos municípios afetados. Além disso, também estão sendo reforçados os leitos de hospitais dessas localidades para atendimento de casos graves.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, divulgados na segunda-feira (9/1), estão sendo investigados 23 casos suspeitos de febre hemorrágica aguda, dos quais 16 já tiveram respostas laboratoriais positivas para febre amarela, e os outros continuam em investigação. Foram registrados 14 óbitos, cujas causas estão sendo investigadas. Cerca de 15 municípios das regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares estão em alerta devido a esses casos.
De acordo com o Governador, um encontro será realizado com os Prefeitos das regiões afetadas para discutir a situação e medidas para o combate ao problema. Assista ao vídeo:
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas e silvestres. Nas áreas urbanas, essa transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes.
A transmissão acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. No meio urbano, ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti. Além do homem, a infecção também pode acometer macacos, que podem desenvolver a febre amarela silvestre e ter quantidade suficiente de vírus para infectar mosquitos e assim, infectar o homem.
As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dores de cabeça e muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença.
Publicado em 11/01/2017 às 10:30
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