Credito: Taiany Souza/Prefeitura de Conselheiro Lafaiete/divulgação – Fazenda Paraopeba, em Conselheiro Lafaiete, que pertenceu a um inconfidente
Um monumento dos tempos da Inconfidência Mineira reabre as portas, totalmente restaurado, para valorizar ainda mais a cultura do estado, destacar a história das Gerais e encantar os visitantes. Em solenidade ocorrida na manhã do último dia 28/07, foi incorporada ao patrimônio de Conselheiro Lafaiete, a Fazenda Paraopeba, casarão que pertenceu ao Advogado e Poeta Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792) e serviu de local de encontro para os demais conjurados liderados por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792).
A obra resulta do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em 2012 entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e uma mineradora. Antes pertencente a particulares, a fazenda estava em situação lamentável, sendo parcialmente destruída por uma cheia, em 2006, do Rio Paraopeba, que passa perto do casarão. O imóvel integra a Trilha dos Inconfidentes e o Circuito das Vilas e Fazendas e se torna, agora, um expoente da Estrada Real (ER).
A destinação da propriedade, distante 32 quilômetros do Centro de Conselheiro Lafaiete e localizada às margens da rodovia MG-383, que liga a BR-040 a São João Del Rei, ainda não foi definida.
PRESERVAÇÃO Quem passa na MG-383, perto do limite entre Conselheiro Lafaiete e São Braz do Suaçuí, pode ver a imponente fazenda, chamada por alguns viajantes de Casarão dos Inconfidentes. Em outros tempos, pela situação de ruína, era difícil imaginar que aquelas paredes e demais estruturas fossem testemunhas de tantas histórias de liberdade, de levante dos inconfidentes e indignação contra a coroa portuguesa. Hoje são novos ares nesse prédio que Alvarenga Peixoto recebia, no século 18, amigos, a exemplo dos também poetas Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), que planejavam o fim do domínio português.
Com a restauração, foi afastado o risco de que essa história se perdesse sob os escombros da propriedade, batizada nos Autos de Devassa – inquéritos que incriminaram os conjurados – de Covão, devido à cova formada pela topografia no entorno.
Informações: Jornal O Estado de Minas
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