Foi no último dia 05 de dezembro que a Polícia Federal deflagrou, em Tocantins, a segunda fase da Operação Marcapasso, que investiga Médicos, Hospitais e fornecedores de produtos hospitalares, por corrupção.
Segundo a investigação, alguns dos casos teriam acontecido na cidade de Araguaína, onde foram presos dois Diretores do hospital Dom Orione, um deles é o pradense O.M.C, que já trabalha na cidade há alguns anos. Outros mandados foram expedidos na própria cidade de Araguaína e também em Palmas, capital do estado. A Polícia chegou a O.M.C através de uma delação premiada, ele ficou detido por um dia, prestou depoimento e foi liberado para aguardar em casa o desenrolar das investigações.
Segundo as informações do inquérito, o hospital recebia um desconto de 10% sobre os produtos comprados pela Empresa ST Jude, mas quando o fornecimento era custeado com recursos do SUS, supostamente a redução não era repassada. Esse esquema acontecia principalmente na compra de marcapassos e de válvulas cardíacas, que eram itens de maior valor agregado, e mais de 70% dos serviços de saúde prestados pelo hospital são custeados pelo SUS.
Segundo o Portal G1, na decisão, o Juiz Federal Gabriel Brum Teixeira afirma que escutas telefônicas revelam que o esquema movimentava propinas com percentuais entre 10 e 25 % das vendas, e que em determinada ocasião o hospital teria se negado inclusive a receber material pois a fornecedora não pagou a propina.
Ao todo, na operação, cerca de 70 Policiais Federais cumpriram 17 Mandados Judiciais expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas, sendo quatro mandados de prisão temporária, quatro de condução coercitiva, além de duas medidas cautelares diversas de prisão e sete mandados de busca e apreensão.
O que diz o pradense
Conversamos com o Advogado de O.M.C. Segundo o Dr. Jorge Palma, “seu cliente foi colhido de surpresa. Evidentemente ficou muito chateado mas pronto para colaborar. Foi ouvido e explicou absolutamente tudo.
A defesa tem a mais absoluta fé e certeza da inocência dele. E tem certeza também de que sua inocência será comprovada.” Ele disse ainda que “há equívocos da investigação e que o delator quer se livrar da prisão, e que ao suposto pagamento de propinas é especulação, que seu cliente foi preso injustamente. Os fatos infelizmente foram analisados de maneira equivocada, não há irregularidades. Quando foi feito o esclarecimento e a intervenção foi feita correta ele foi liberado.”
Por fim, o defensor afirmou que “tudo não passou de um pesadelo.”
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