Meses atrás o Prados Online já tinha tratado desse assunto, mas não adianta, os compartilhamentos de fakenews só cresce, e tende a piorar neste ano de eleições aqui no Brasil.
Com a facilidade que se tem para criar um site ou uma página em uma rede social, fica fácil o leitor cair em um boato. O problema das notícias falsas não é exclusividade da internet, nem é uma novidade. No entanto, o que mudou foi o alcance e a velocidade que esses assuntos se espalham.
Um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso a Informação (Gpopai) da Universidade de São Paulo (USP) revela que somente nas redes sociais, 12 milhões de brasileiros compartilham informações inverídicas, as chamadas fakenews. O mundo entrou em alerta após o FBI apontar que as eleições para Presidente dos Estados Unidos foram intensamente influenciadas por ataques que teriam partido de hackers da Rússia.
No Brasil já existem exemplos claros de como isso pode influenciar a política. Um boato que surgiu em 2015, ganhou força em 2016 e permanece até hoje sendo compartilhado na rede é uma suposta tentativa de suicídio de Dilma Rousseff. Em junho de 2015, o assunto foi tão compartilhado pela internet que ela, que ainda ocupava a Presidência da República, teve que ir a público desmentir a informação. Na campanha de 2014 circulou na internet a informação de que o PT trouxe ao país 50 mil cidadãos do Haiti para votar. De acordo com o texto da falsa notícia, os haitianos receberam dupla cidadania para engrossar o saldo de votos de candidatos petistas. E o problema não é só na política, quem não conhece o clássico fake dos dois vendedores de colchão, que entram nas casas e assaltam os idosos (a cada dia estão em uma cidade diferente).
A especialista Helena Martins, Diretora da ONG Intervozes — voltada para o direito a comunicação — destaca que atualmente existe um modelo de negócios em torno das notícias falsas. “É uma questão muito complexa. A maioria dos boatos se espalham com interesses financeiros, por meio de sites caçadores de cliques. Mas também temos os que se espalham por ideologia e outros que querem silenciar minorias, atacando homossexuais e mulheres, por exemplo”, destaca.
O Advogado Aylan Estrela, especialista em direito digital, destaca que quem cria esse tipo de boato pode ser penalizado com leis já existentes. “Esses crimes contra a honra são previstos pelo Código Penal. A grande questão é a identificação dos autores. Hoje existem mecanismos para identificar, como o armazenamento dos dados dos criminosos. Mas em relação a leis específicas para o período eleitoral não temos nada em vigor e nem tempo para aprovar”, afirma. O TSE aprovou uma série de resoluções que serão válidas para as próximas eleições. Durante Sessão no plenário da corte, os Ministros destacaram a importância de combater a propagação de notícias falsas.
O conselho da equipe do Prados Online é simples: “DÁ UM GOOGLE!”, não custa nada fazer uma pesquisa simples no Google e constatar se aquela notícia é verídica ou não, e assim como canja de galinha, bom senso também não faz mal a ninguém. Há notícias que são compartilhadas indiscriminadamente, que na verdade são tão descabidas que até uma criança de 4 anos sabe que é mentira, basta ler antes de compartilhar.
Informações: EM.com
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