Mesmo com a diminuição de casos notificados de febre amarela nas últimas semanas, a doença continua provocando mortes. No período de monitoramento 2017/2018 (com início em julho do ano passado) foram registrados 155 mortes. Dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mostram que exames confirmaram mais cinco óbitos em decorrência da moléstia desde o último boletim, apresentado em 3 de abril. A situação pode ser ainda pior, pois ainda há 19 casos de pessoas que perderam a vida com sintomas da enfermidade que estão sendo investigados. A vacina segue disponível nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população.
A cronologia da doença desde dezembro, quando foi constatado o primeiro caso da temporada, mostra uma diminuição na incidência, mesmo assim, a atenção deve continuar. Janeiro terminou com 81 casos confirmados e 36 mortes. No mês seguinte, a situação se complicou. As confirmações subiram para 264 e 96 óbitos. Já em março, houve uma pequena diminuição no número de casos, mas um grande aumento nas mortes. O período terminou com 413 confirmações da doença e 145 óbitos.
A maioria dos casos registrados da doença na temporada 2017/2018 foram em homens, que representam 86,7% do total. 11 mulheres morreram após contraírem a febre amarela, o que representa 7,1%. A média de idade é de 48 anos, sendo que foram registrados casos entre 0 a 88 anos. A letalidade da moléstia está em 33,2%.
Desde fevereiro não há registro de mortes de primatas com a doença. Segundo o boletim divulgado pela SES, naquele mês foram 14 municípios que encontraram os corpos de macacos mortos e as causas do óbito foram a doença. Vale lembrar que os animais não transmitem a moléstia e servem de sentinela para a circulação do vírus.
*O Estado de Minas
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