A Secretaria de Estado de Saúde (SES) acaba de lançar um conjunto de ações nas redes sociais e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, para incentivar o uso do preservativo no período do carnaval.
A campanha “Então, previna-se” pretende chamar a atenção dos participantes de todos os foliões do Estado. A mensagem sobre a importância da prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) está claramente presente na identidade visual dos materiais e contará com o suporte dos textos complementares que acompanham os posts.
A campanha tem como público principal a população jovem, que apresenta significativo aumento no número de casos de infecções transmitidas por relações sexuais. Somente em 2018, do total de 4.788 casos registrados de HIV/Aids em Minas Gerais, a maior parte se concentrou na faixa etária de 20 a 49 anos, sendo registradas 3.875 notificações nesse grupo populacional.
Essa predominância está ligada a diversos fatores, entre eles a baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, a falta de prevenção e o uso de drogas lícitas e ilícitas. “Pessoas mais jovens não vivenciaram o período das décadas de 1980 e 1990, em que vários artistas e celebridades morreram em decorrência da Aids”, aponta a coordenadora de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids e Hepatites Virais da SES, Mayara Marques de Almeida.
Já na série histórica, que vai de 2010 a 2019, até o momento foram notificados 34.215 casos de HIV/Aids no Estado. Além disso, o grupo de homens que fazem sexo com homens (HSH) também apresentou crescimento do número de casos, segundo a coordenadora. Esse aumento, de 590 casos em 2011 para 1.693 no ano passado (uma variação de 186,9%), pode ser explicado pela redução do uso do preservativo, mudança de comportamento e a variabilidade de parceiros.
“A camisinha é o melhor método de prevenção e não somente para o HIV, como para as outras ISTs. Por isso, além dos preservativos enviados regularmente aos municípios, distribuímos um quantitativo adicional de cerca de sete milhões de unidades de camisinhas masculinas, para abranger esse período do feriado prolongado”, informa Mayara.
O carnaval constitui, tendencialmente, um período em que as pessoas se expõem mais às relações sexuais desprotegidas. Tendo isso em vista, a SES elaborou ações voltadas para as redes sociais, de modo que a informação possa circular o mais rápido possível entre as pessoas. Além do uso do preservativo, é importante procurar saber o estado sorológico. “As pessoas podem procurar as unidades de saúde para receber informações e fazerem os testes”, indica a coordenadora.
No site www.saude.mg.gov.br/sexoseguro, além do conteúdo informativo sobre as ISTs, ficará disponível um kit digital com modelos de posts e artes para WhatsApp, de forma que a população, a imprensa e as referências em Comunicação Social e Mobilização Social das regionais de Saúde possam fazer uso dos materiais e difundir a campanha.
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