Ano após ano a dengue, zika e chikungunya tiram o sono dos brasileiros e de outras tantas pessoas mudo afora, vivemos agora inclusive um momento delicado nesse sentido. Mas duas boas notícias neste início de semana trazem alívio, ainda que não de imediato.
A primeira boa notícia tem origem aqui mesmo no Brasil. É que uma nova tecnologia de testagem rápida de dengue, zika e chikununya foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio Manguinhos, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), e já recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O teste exibe o resultado em 15 minutos e pode identificar ainda se a infecção está no início ou se já se instalou há mais tempo.
O gerente da área de desenvolvimento tecnológico em diagnóstico de Bio Manguinhos, Antônio Ferreira, contou que o trabalho de desenvolvimento do teste durou cerca de um ano e meio e chegou a um dispositivo mais preciso na identificação da dengue e da zika e ao primeiro teste rápido de chikungunya.
Existem kits de testagens para cada uma das três doenças e um kit que pode verificar a presença de todas elas produzindo seis respostas, uma vez que é possível identificar se a infecção é recente ou não, pelo tipo de anticorpo encontrado na amostra de sangue.
O Instituto Bio Manguinhos já tem os insumos necessários para a produção dos testes. A capacidade de produção pode chegar a 10 milhões de testes por ano, o que vai depender das encomendas que vierem do Ministério da Saúde. Isso já deve ser aplicado em larga escala no próximo verão.
Vacina contra a chikungunya
A segunda boa notícia vem do Reino Unido, apesar de ter sido anunciada aqui. Por lá, pesquisadores da Universidade de Oxford, já realizam testes em humanos para obter uma vacina segura e eficaz contra a chikungunya.
O estudo foi apresentado no último dia 10 aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, pelo infectologista mexicano Arturo Reyes-Sandoval, no Simpósio Desafios e Oportunidades na Pesquisa Clínica em Chikungunya: Produzindo Evidências para Saúde Pública.
A vacina contra o vírus da chikungunya já está em testes em 24 voluntários no Reino Unido e deve passar por uma nova rodada de testagens ao longo do ano que vem, com entre 120 e 150 pessoas no México. Arturo conta que os testes realizados atualmente buscam uma dosagem eficiente para a imunização, que já demonstrou não apresentar efeitos adversos. O estudo no México deve avaliar também a possibilidade de uma vacina que combine a imunização da chikungunya e da zika de forma segura.
Caso a pesquisa caminhe no melhor dos cenários, estima, uma vacina contra a doença pode estar disponível em cinco anos.
Em tempo, informamos que ao longo da semana traremos um boletim atualizado sobre essas doenças em Prados neste momento.
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