Terá Seed em 2020 e ele está de cara nova. A proposta é oferecer a melhor experiência aos participantes do programa de aceleração de startups, com menor valor para o Estado. A 6ª edição começará com 50 empresas jovens e o número cairá para 25 depois de três meses, na metade do processo. Para o coordenador da iniciativa, Francisco Mello, a redução deixa o programa mais competitivo. “Será implantada a meritocracia. Os participantes que realmente suarem a camisa serão valorizados”, explica.
O anúncio da próxima edição foi feito pelo subsecretário de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), Juliano Alves, durante o Seed Experience. O evento foi nessa terça-feira (29/10), em Belo Horizonte, e contou com a participação de líderes do ecossistema mineiro de startups, empresários, representantes de aceleradoras, instituições de ciência e tecnologia, dentre outros.
Os primeiros meses de 2019 foram para colocar a casa no lugar, entender o cenário em Minas e as necessidades do mercado. As startups serão separadas por áreas afins e aceleradas em diferentes espaços parceiros. Os locais receberão pelo menos quatro iniciativas, um agente de aceleração, além de acolher eventos do Seed. As empresas serão divididas por eixos: varejo; indústria; educação, saúde e ciência da vida; finanças e energia; negócio de impacto social e agropecuária.
“Dividir as startups por ramos e encaixá-las em espaços que têm sinergia com a área delas tornam a aceleração do Seed mais produtiva. Nesses locais elas terão conexões com empresas específicas que, num espaço do Seed, não teriam. Além do mais, segmentá-las faz o governo ter economia de R$ 1 milhão – valor gasto somente com a locação do espaço”, afirma Geovana Santos, superintendente de Inovação Tecnológica da Sede.
Necessidades do ecossistema mineiro
Um dos pilares que fortaleceram as mudanças do Seed é a pesquisa da Sede, Retrato do Ecossistema Mineiro de Inovação e Empreendedorismo, elaborada em parceria com a empresa TroposLab. O estudo serviu para identificar a maturidade e as necessidades do ambiente em Minas Gerais. Desta forma, o governo poderá direcionar ações de desenvolvimento coordenadas pela Sede, como Seed, Hub Minas e Startup Universitário.
A pesquisa mostra que, por mais que o número de programas para startups e espaços de inovação tenha crescido ano a ano em Minas Gerais, empreendedores ainda têm dificuldades em todas as fases e atividades críticas, que vão desde apoio para começar um negócio até se apresentarem a “investidores anjo” e fundos de investimento.
Mesmo assim, cerca de 73% das startups, em todas as fases, reconheceram que o ecossistema mineiro tem casos de sucesso e inspiração, e aproximadamente 67% acreditam que empreendedores transmitem seus aprendizados e experiências. Para os participantes, é possível criar novos negócios de sucesso no estado.
O retrato foi elaborado com base na resposta de 460 pessoas. Dessas, cerca de 50% foram de startups e empreendedores. Os demais são de representantes de incubadoras/parques tecnológicos, governo, empresas tradicionais, prestadores de serviços, centros de pesquisas, universidades públicas e privadas, aceleradoras, dentre outros, instalados em dez das 12 regiões do estado. Veja o estudo completo neste link.
Guia
Por acreditar que a união leva os empreendedores a serem mais fortes, o Seed lançou, durante o Seed Experience, o Playbook. O documento é um guia de como todas as equipes participantes do programa aceleraram startups e como construíram uma comunidade de empreendedores prontos para mudar o mundo. O guia completo pode ser baixado clicando aqui.
Fonte: Agência Minas
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