O Brasil registrou entre esta segunda e terça-feira, 1.179 mortes em 24 horas e 17.408 novos diagnósticos positivos para o coronavírus. Conforme o boletim do Ministério da Saúde desta terça-feira (19), o país agora contabiliza 17.971 mortes e 271.628 casos da doença. Para conter o avanço acelerado, vários municípios brasileiros já convivem com restrições ainda maiores de isolamento social.
O balanço anterior da pasta federal registrava 16.792 mortes e 254.220 casos. De domingo para segunda, tinham sido contabilizados 674 novos óbitos. Esse é o novo recorde de mortes registradas em apenas 24 horas. Conforme o Ministério da Saúde, apenas em maio foram contabilizadas 12.070 mortes por COVID-19.
O recorde de mortes até então tinha sido registrado na semana passada, quando foram contabilizadas 881 mortes. O boletim anterior ainda contabilizou 13.140 novos diagnósticos positivos da doença.
Conforme ressalta o Ministério da Saúde, os novos registros em 24 horas não indicam efetivamente quantas pessoas faleceram ou se infectaram de um dia para o outro, mas sim o número de registros que tiveram o diagnóstico de coronavírus confirmado nesse intervalo.
Mas vale ressaltar que, conforme estudiosos vêm apontando nas últimas semanas, os números de testes feitos no país ainda são muito inferiores ao restante do mundo, o que leva a crer que o números reais no Brasil são ainda piores.
Sem Ministro e sem explicações
No mesmo dia em que o Brasil registrou mais de mil mortes em 24 horas pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde dedicou a entrevista coletiva diária a dois assuntos: doação de leite materno e atendimento remoto aos profissionais da área da saúde.
O Ministério segue sem um novo nome. E pelo segundo dia seguido, o ministro interino da pasta, Eduardo Pazuello, não esteve presente na entrevista. Ele não participou dos balanços técnicos do Ministério da Saúde desde a saída de Nelson Teich, na última sexta-feira, embora tenha nomeado nesta terça nove militares para cargos dentro do ministério.
Sem nenhuma palavra sobre as 1.179 mortes, mais tarde o Ministério enviou um e-mail a jornalistas no qual apresentava números apenas de pessoas recuperadas no país.
“Subiu para 106.794 o número de pessoas recuperadas da COVID-19 no Brasil, o que representa 39,3% do total de casos confirmados até o momento: 271.628. Nesta segunda-feira (18) o Brasil bateu a marca de 100 mil casos recuperados. As informações foram atualizadas até as 19h desta terça-feira (19/5) pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país. Outras 146.863 pessoas estão sendo acompanhadas (54,1%) pelos profissionais de saúde. Nas últimas 24h, 6.335 pessoas se recuperaram da doença.”, afirmava o e-mail.
Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína
Ainda nesta terça-feira (19), durante uma entrevista em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro informou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, assinará hoje (20) um novo protocolo sobre o uso da hidroxicloroquina no enfrentamento do novo coronavírus.
Segundo Bolsonaro, o protocolo vai prever que o remédio passará a ser indicado desde o aparecimento dos primeiros sintomas.
Em um trecho da entrevista, Bolsonaro fez piada: “Toma quem quiser, quem não quiser não toma. Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína”, afirmou, rindo.
A aplicação da hidroxicloroquina em pacientes infectados com o novo coronavírus é tema de vários estudos ao redor do mundo. No entanto, até o momento, pesquisadores não conseguiram encontrar resultados conclusivos sobre a eficácia do remédio.
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