*Foto: Léo Carvalho (feita em 2011).
O ciclone extratropical que atingiu o Sul do país nessa terça-feira (30) e provocou estragos não deve chegar a Minas Gerais. Segundo meteorologistas, o sistema já está em deslocamento em direção ao oceano. Apesar disso, rajadas de ventos entre 35 km/h e 40 km/h poderão ser sentidas no Sul e na Zona da Mata de Minas Gerais.
“É um sistema que, quando ganha força, pode se transformar em um furacão, as características são bem parecidas. Mas ele está cada vez mais se afastando do continente, e a tendência é essa, que continue em direção ao oceano. No Sul de Minas e até da Zona da Mata, a pontinha desse sistema pode gerar ventos de 35 km/h a 40 km/h, mas nada muito significativo”, afirmou o meteorologista Ruibran dos Reis.
Ele explica que o sistema é chamado de “ciclone extratropical” devido à localização dele. “O fenômeno ocorre abaixo do Trópico de Capricórnio, que passa por São Paulo. Ele só é chamado de ciclone tropical quando está localizado entre trópicos, como o de Capricórnio e o de Câncer”, explica o meteorologista.
Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Cléber Souza, a formação de ciclone extratropical é comum durante o inverno em áreas de baixa pressão atmosférica. “São mais frequentes nesta época do ano, e é um sistema que tem essa característica de passagem rápida. Tanto que já se deslocou para o oceano. O que afeta agora são as correntes marítimas. Não há qualquer chance de chegar a Minas Gerais”, explica.
Previsão
Para o fim de semana, a expectativa é de que uma frente de ar fria acompanhada de uma forte massa de ar polar, que já atuam no sul do Brasil, promovam uma queda nas temperaturas em Minas Gerais. “As temperaturas voltam a cair bruscamente podendo até nevar no sul do País. Já em Minas podemos ter o registro de geadas em algumas cidades”, pontua o meteorologista.
Susto
Um ciclone extratropical atingiu o Sul do Brasil nessa terça-feira (30) e deixou um rastro de destruição. Segundo o Inmet, foram registradas ontem rajadas de vento de 50 km/h a 100 km/h no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, pessoas compartilharam diversos vídeos e imagens de casas destelhadas, postes e árvores caídas devido à força do ciclone.
*O Tempo
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