A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), lança, nesta terça-feira (25/5), Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, o Projeto de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa propõe ampliar a busca de pessoas desaparecidas, com apoio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).
Um mutirão de coleta de DNA está previsto para o período de 14 a 18/6. O trabalho, no entato, é contínuo, como destaca o perito Higgor Dornelas. “A ideia de datar uma semana é propor visibilidade para atingirmos o maior número de pessoas”, diz.
As coletas serão realizadas no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, e nos Postos Médico Legais das seguintes cidades: Betim, Vespasiano, Juiz de Fora, Uberaba, Lavras, Divinópolis, Governador Valadares, Uberlândia, Patos de Minas, Montes Claros, Ipatinga, Barbacena, Curvelo, Teófilo Otoni, Unaí, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Sete Lagoas. Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica (SPTC), médico-legista Thales Bittencourt, a coleta de material genético de familiares de desconhecidos já é feita pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) há alguns anos.
“Nos próximos dias, a PCMG, integrando a campanha promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, fará um mutirão de coleta do material genético desses familiares, que é inserido em um banco de dados nacional”, afirma. No mesmo banco, segundo ele, também estão inseridos materiais genéticos de desconhecidos. Com a identificação, será possível dar “respostas aos familiares, auxiliando ainda em questões civis e criminais”, informa. Campanha A data para o lançamento da campanha foi escolhida por ser o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas (25/5), um dos principais marcos da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas.
A chefe adjunta da PCMG, delegada-geral Irene Angelica Leroy, destaca o trabalho das forças policiais. “A Polícia Civil tem muito orgulho das duas unidades que combatem o desaparecimento de crianças: a Divisão, que cuida da procura dos desaparecidos que chegam ao nosso conhecimento, e a Seção Técnica de Biologia e Bacteriologia Legal, que trabalha na formação da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, com a inserção de DNA. São duas forças da PCMG unidas”, destaca. Ocorrência De acordo com a chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, delegada Bianca Landau, o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas é uma data muito oportuna para trazer à luz questões relevantes em relação ao desaparecimento não só de crianças, mas de adolescentes e adultos.
“Há dois pontos muito importantes a serem destacados. Em primeiro lugar, os familiares de pessoas desaparecidas não devem esperar 24 horas para registrar o desaparecimento; quanto antes essa ocorrência for registrada, mais chances de resolutividade do caso”, orienta.
O segundo, conforme Bianca, é a necessidade de registro da localização da pessoa que se encontrava desaparecida. Logo que for encontrada, ela ou um familiar de primeiro grau deve se dirigir a uma unidade da Polícia Civil ou Militar e, então, registrar essa localização, para que seja possível cessar a divulgação de dados e imagem, entre outras ações. Boletins Para registrar ocorrência de um desaparecimento na capital, o solicitante pode comparecer ao prédio da DRPD, localizado na Avenida Brasil, 464, bairro Santa Efigênia, ou a qualquer unidade da PCMG ou da Polícia Militar de Minas Gerais. O cidadão também pode optar pelo registro por meio da Delegacia Virtual (delegaciavirtual.sids.mg.gov.br). O atendimento presencial na DRPD é realizado das 8h30 às 18h30. Em caso de desaparecimento no interior, a competência investigativa é da delegacia de onde o fato ocorreu. Todas as unidades da PCMG, de comarcas, municípios ou regionais, no interior, têm atribuição para investigar os casos de desaparecimento locais. A partir do desaparecimento, há ações como confecção de cartaz, emissão de alerta e é iniciada a investigação. Desaparecimentos Segundo dados da Sejusp, nos últimos seis meses, 499 pessoas desapareceram em Belo Horizonte, sendo localizadas 449. No interior, para o mesmo período, o número de desaparecimentos é de 2.213, com 1.223 pessoas encontradas. Importante destacar que em Minas Gerais há relevante subnotificação em relação aos registros de pessoas localizadas. Assim, o número de pessoas localizadas não reflete necessariamente a realidade.
*agênciademinas
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