Ele não era tão fã de rock, preferia o jazz, não tinha cara e nem “panca” de um Stone, mas ele era, ele não fazia firula na bateria, afinal pra que fazer firula se o mais simples pode ser o mais perfeito? Infelizmente os verbos estão no passado, pois ontem perdemos esta lenda, nos despedimos de Charlie Watts.
Nascido em Londres em 02 de junho de 1941, Charlie nos deixou ontem aos 80 anos, faleceu em um hospital, de maneira serena e junto à família.
Filho de um caminhoneiro e fã de jazz, o músico aprendeu a tocar sozinho e no início dos anos 60 tocava em uma banda de blues, quando recebeu um convite de 3 amigos: deixar aquela banda e começar com eles uma banda de rock, que ainda não tinha nem como paga-lo pelo trabalho. Esses 3 amigos eram ninguém mais ninguém menos que Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones, e a tal banda se tornou a maior de todas até hoje, The Rolling Stones!
Discreto e de marcação precisa, impecável, no melhor estilo “relógio suíço”, Charlie comandou a bateria da banda por quase 6 décadas, uma tranquilidade e segurança para os demais músicos, tanto que certa vez o estravagante Keith Richards chegou a dizer que “musicalmente falando, Charlie era a cama na qual ele se deitava”.
Paralelo aos Stones, o músico teve trabalhos de jazz e blues ao longo de todo o tempo- “Tocar bateria é a única coisa que me interessa. O resto me faz passar vergonha”, resumiu em uma entrevista, 20 anos atrás.
E assim, ontem nos despedimos deste marido, pai, avô e músico dedicado. De coração, deixo aqui meu agradecimento: muito obrigado por tudo Charlie Watts.
Rodrigo Oliveira
*O conteúdo desta coluna é de exclusiva responsabilidade de seu autor. As colunas são um campo aberto para os seus autores, e quaisquer opiniões nelas, não é uma opinião do Prados Online.
Prados Online
2012 Prados Online | cnpj: 15.652.626/0001-50