As últimas semanas foram marcadas pela discussão sobre a “Liberdade de Expressão”. Essa discussão foi fomentada pelo ex-jogador do Minas, Maurício Souza e pelo youtuber e participante do podcast Flow. Mauricio Souza postou no Instagram sua indignação com o fato da DC Comics divulgou que o filho do Superman seria bissexual e teria um affair com um amigo.
Sim, o jogador de vôlei conservador e bolsonarista se mostrou indignado com um personagem de ficção com o argumento de que seria para proteger as crianças… como se um casal homoafetivo fosse uma ameaçar a integridade dos pequenos. Maurício teve a liberdade de postar isso. Mas houveram consequências. Perdeu o emprego, perdeu a vaga na seleção, a antipatia de muita gente e pode ser processado.
Consequências, afinal duas instituições como o Minas e a CBV não podem arcar com um jogador que faz postagens homofóbicas em um dos países que mais mata homossexuais no mundo. Não é só uma questão de opinião. E os patrocinadores sabem disso.
Monark e Igor do podcast do Flow sentiram na pele as consequências da “liberdade de expressão”. O IFood tirou seu patrocínio do podcast depois das últimas postagens de Monark sobre liberdade de expressão. O youtuber questionou se ter opiniões racistas é crime. Sim, é crime. De acordo com Art. 20 da Lei 7.716 “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.”
Tanto Maurício quanto Monark culpou os “lacradores” pela perda dos respectivos patrocinadores. Ao mesmo tempo ganharam muitos seguidores que acreditaram que o que ele falaram era uma “opinião”.
Resumo da ópera: Você é livre para se expressar…e arcar com as consequências. Desde perda de patrocinadores até o pagar por um crime.
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