Que evento, que fim de semana de rock and roll foi esse que vivemos em Prados, meus amigos… Intenso, sem incidentes e de altíssimo nível.
Assim foi o 4º Encontro Nacional de motociclistas de Prados, evento organizado pelos queridos Néia, Serginho e Natan, que está assumindo aos poucos o bastão. Primeiro, vamos dar um salve para os motociclistas que apesar da chuvinha de sexta e do frio que rolou depois, compareceram em ótimo número, tivemos representantes de cerca de 70 moto clubes, de Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A organização mandou bem, seja pelas tendas, pelo pouco atraso na programação, ou pelo som do Kelson, que foi redondo o fim de semana inteiro, vale um salve também o nosso amigo “Cleitão”, que foi cirúrgico na apresentação do evento. E o público?
Como era de se esperar, o evento atraiu um grande público, e de alto nível, pessoal bem resolvido que não incomoda uns aos outros, todo mundo de roupa preta nessa praça (Oh imagem linda de se ver) e mais linda ainda de se conviver. Segundo Tenente Luciano, da PMMG, o evento foi sem incidentes, sem nada a retocar.
E agora falando de rock, falando naquele “ouvido que eu escuto bem”… a expectativa era grande e ela foi correspondida, o som de qualidade foi a marca dos dois dias de encontro.
Na sexta, naquele frio danado, os trabalhos foram abertos pelo cantor Camilo, que eu não conhecia até então, o cara mandou um violão e voz honesto, com muito Raul Seixas pra galera. E a madrugada fechou em alta octanagem, com o pessoal da The Slippery, que mais uma vez fez um bom cover de Bom Jovi, primando bastante pela fase mais antiga do cara, destaque para “Runaway”, que eu adoro por sinal.
Veio o sabadão, com uma tarde inteira dedicada ao que há de mais clássico. A ordem das bandas foi invertida e quem abriu os trabalhos foi a Joe Cool, que tocou de The Who a Neil Young naquela praça. Quem não foi, perdeu mais um show épico desses caras. Foi um festival de classic, um repertório de qualidade, bem encaixado e bem executado. Ahhhhhhh….e teve The Doors, que quase infarta essa pessoa aqui.
Quando a Tríade subiu ao palco já era quase fim de tarde, rua cheia e eu posso garantir que teve gente que não acreditou que eram só 3 pessoas em cima do palco, o power trio fez muito barulho, com destaque novamente para as releituras nervosas de “Stand by me” e “California Dream”. Se dependesse de mim, estariam lá até hoje tocando.
Veio a noite, e um público já um pouco diferente, com muito mais pradenses, a praça estava tomada, e pra esse show de horário nobre a banda escalada foi a Auêra, que como eu adiantei aqui na minha coluna através do “pressentimento que eu tive”, tinha mudanças pra esse show em casa… os caras estrearam na formação um tecladista, e foi bem positivo essa mudança, isso ficou claro em musicas como “Hey You”, por exemplo. Além disso, a Auêra fez um showzaço, redondo, maduro, com destaque para o Sirley, um front band cada vez seguro.
Ainda cabia mais rock (sempre cabe, rock é vida), e a encarregada de fechar essa maratona de quebradeira foi a experiente Steel Rock, que subiu ao palco dessa vez sem teclados. Não teve “Jump”, mas como bem disse o Lucas no recado pra mim, teve outros sons do Van Halen, e teve muito mais coisa… Com arranjos bem feitos e o peso de 3 guitarras em boa parte do tempo, esses caras “mitaram” na madrugada de sábado, um grande show (GRANDE MESMO), onde eu poderia destacar “Perfect Strangers” e outros sons, mas vou dizer pra vocês que a versão de “Carry on, my wayward son” do Kansas roubou a cena. O que foi aquilo? Que pedrada…
Como prometido, eu estava lá com minha surrada camisa do Doors, devidamente etilizado e rejuvenescido depois de tanto rock. Não posso deixar de dizer aqui o quanto me deixou feliz a repercussão da resenha anterior que eu escrevi, eu encontrei muita gente, reencontrei outros tantos, recebi um convite especial do Natan e do secretário de cultura, Gilcimar Santos, que me deixou animado (em breve a gente conversa sobre isso), mas enfim, pra mim, rolou um fim de semana extremamente especial. Espero que tenha sido pelo menos parecido com isso pra todos.
E pra fechar, vocês devem estar se perguntando por que tem uma foto do Josias comigo aqui no topo da matéria. São dois motivos, primeiro porque o Josias fez eu ganhar a tarde ao dizer que eu sou a “lenda do rock de Prados”, só por isso ele já merecia, mas vou além, ele está aí na verdade porque foi o cara mais rock and roll do fim de semana, na frente do palco do início do primeiro show ao fim do último. JOSIAS, VOCÊ QUE É UMA LENDA, MEU AMIGO.
Pessoal, foi do C@@@@R3lho, parabéns ao Serginho, à Néia, ao Natan, a todos os envolvidos, às bandas, aos motociclistas, pessoal do som, aos que estiveram no evento… e vida longa ao rock. Até a próxima, Rock é bom demais!
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