Semana Santa de 68 em Prados teve incidente que envolveu Igreja e Militares (Parte 3)

Mais uma parte dessa história que ocorreu em 1968 em Prados, acesse os links para parte 1 e a parte 2.

Acontece, que também na época, servia na mesma corporação um outro Pradense, seu amigo, que era o Ivan, também cabo do exército e que já estava acamado pois teria que ir para São João del Rei, onde estava de serviço no comando da guarda do quartel no dia seguinte.

Um amigo em comum então foi até sua casa e o colocou a par do ocorrido pedindo-lhe sua interseção, pois o cabo Samuca era amigo de ambos.

O então Cabo Ivan, quis entrar no caso, e por acaso era filho do delegado Antônio Eugênio a quem foi pedir seu posicionamento na contenda. O delegado Antônio Eugênio, sabiamente, que já estava acamado, não quis entrar no caso, pois se o policial sem o reforço já se negara a proceder de acordo com sua orientação, muito menos agora seria ouvido por quem não o conhecia, e ainda queriam dar demonstração de força.

O cabo Ivan, então colocou sua farda e foi a casa do prefeito, na época o saudoso Zé Café, e antes mesmo de lá chegar foi abordado pela força policial e conduzido a presença do oficial da PM.

Esse o interpelou dizendo-lhe que seu horário de estar em praça pública já havia se passado, na área militar a regra é recolher-se até as 22 hs, quando não em serviço externo ao batalhão.

Cabo Ivan lhe respondeu então que não lhe devia obediência, pois pertencia a outra força militar, e, que iria telefonar a sua corporação comunicando o fato no que lhe respondeu o comandante da força policial, que seu amigo estava preso por emitir citações desrespeitosas a polícia, acusando-o de ser comunista, e ofendido a corporação da PM, como era costume naquela época.

Após algumas discussões a mais entre o cabo Ivan do exército e o oficial PM, este foi até um telefone público, que funcionava na casa do senhor Tonico, conhecido em Prados como Tonico Fiscal, homem bom e receptivo, ligando então para o quartel em São João del Rei comunicando o fato.

Dalí foi para casa e ficou aguardando ansioso a chegada da viatura do exército, prometida pelo oficial do dia no quartel de sua corporação.

Estes chegaram lá pelas 4 da madrugada indo direto para casa do cabo Ivan que já os aguardava ansioso e bravo pelo tratamento recebido pela PM.

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