50 anos de seu falecimento
No próximo dia 15 de março de 2023, completa-se 50 anos do falecimento do Monsenhor Franscisco Eduardo de Assis, sacerdote que deixou marcas profundas em muitas gerações de pradenses, muitos deles ainda hoje lembram com saudade da trajetória do Pe Assis em suas vidas e de suas famílias.
Com o objetivo de levar aos nossos leitores e ouvintes a conhecer ou relembrar do grande sacerdote que deu sua juventude e saúde para nossa Prados, nossa coluna irá trazer nas próximas semanas um pouco da trajetória do maior de todos os benfeitores de nossa cidade.
Natural de São João del Rei, nascido no dia 04 de setembro de 1912 e falecido em 15 de março de 1973. Foi vigário em Prados, durante toda a sua vida sacerdotal, tendo chegado em Prados em 1937, aqui permanecendo até sua morte.
Pe Assis foi, sem dúvida alguma, o maior benemérito que Prados já teve e ficará para sempre na memória histórica da cidade. Dedicou-se à comunidade como ninguém antes havia dedicado por mais de 30 anos. Era sacerdote exemplar, de uma fé inabalável, virtuosidade inquestionável e empreendedor nato. Dedicou sua vida a levar o evangelho a todos, com uma devoção especial a Maria Santíssima, tendo sempre um olhar e um carinho todo especial aos mais pobres, tendo levado a cabo inúmeras iniciativas para minorar as carências e dores dos necessitados de sua amada paróquia.
Em manuscritos de seu irmão Djalma Francisco de Assis, conseguimos colher algumas preciosas informações sobre a família do Pe Assis, senão vejamos:
“Num velho sobradão sito a Rua Santo Antônio, residiam Francisco d’Anunciação Assis e Francisca Claudino de Assis, avós de Chiquinho e pais de José de Assis Sobrinho e sogros de Izaura Augusta de Assis.
Na antiga rua de São Miguel, hoje Praça Dr. Augusto como é chamado pela existência de sua reforma e a situação de uma estátua do Dr. Augusto Viegas, grande político e que ali residia os seus avós maternos residiram Francisco, digo José Francisco Lopes e Tereza Cristina Assis Lopes. E de se notar que o avô paterno era irmão da avó materna, portanto com parentesco aproximadíssimo, filhos que eram de Joaquim Francisco de Assis Pereira, de quem Monsenhor Assis veio a ser neto.
Chiquinho veio à luz dia 4 de setembro, na pia batismal teve como padrinho João, amigo de seu pai, recebendo o nome de Francisco Eduardo, lembrando o nome de Joaquim Francisco , seu bisavô, nome comum na família.
Francisco faria parte de uma família de 12 irmãos que era constituída por
Lizeta Elia de Assis Teixeira, José Vicente de Paula Assis, Irmã Maria de Lourdes, vicentina, Carmelina Assis Mazoni, Adalice Assis Portela, Djalma Tarcísio Assis, Francisco Eduardo (Chiquinho). Paulo Setembrino Assis, Jofre Rui Assis, Wilson Assis, Lucilia, anteriormente irmã vicentina, Silvio Assis,
Francisco cursou o primário no Grupo João dos Santos, com a professora D.Maria de Lourdes Chagas, sempre com ótimo aproveitamento.
Manifestou desde cedo um espirito de piedade, com comportamento, voltado a prática dos deveres religiosos de onde partiu sua vocação.
Sua infância foi organizar missas, procissões e imitar festas religiosas, organizando com os irmãos, vizinhos, parentes, amiguinhos os atos religiosos para os quais sobre uma mesa, caixotes, armava nos quartos da casa, altares, cobertos com panos velhos e onde ele era o centro das cerimônias.
Seu nome Francisco, era conhecido pelo apelido de Chiquinho e algumas vezes, irritando-o de Chico gato pela sua voz fanhosa, mas assim chamado após algum desentendimento.
E assim decorria sua infância num preparativo para sua carreira sacerdotal
O vigário de então arregimentava vocações sacerdotais, aumentando o contingente dos já existentes, como D. Lara, D.Lustosa, D. José D’Angelo, Padre Lopes, Paulo seu irmão, Padre Nelson, Pe Giarola e muitos outros jovens e entre esses Padre Assis, que cursavam o seminário de São José em Mariana. São João del Rei sempre foi celeiro de vocações.
Soube bem aproveitar o seminário São José, de Mariana, tinha como companheiro seu irmão Paulo, que depois de alguns anos de estudos deixou o seminário.
Vários foram seus colegas de estudos, podendo se contar os três bispos, D. Daniel e outros.
Um parêntesis aqui porque não só de estudos foram os anos, tendo algumas passagens pitorescas, levado pelo ardor da juventude e entre essas, contada por ele próprio.
Aproveitando-se da ausência do Pe Reitor, invadiram o depósito de frutas, localizado no sótão de uma sala e foram furtar bananas depositadas neste local e jogavam pelo alçapão as frutas, quando chegou o Reitor que os pegou em flagrante, conduzi-os ao Diretor que lhes deu como castigo, uma semana sem sobremesa.
Prosseguiram os estudos no seminário abrindo-lhe caminho para o seminário maior ou da Boa Morte, conforme era chamado, foi quando houve a desistência de Paulo.
Seus estudos e o aproveitamento da época merece uma referência especial.
Enquanto os professores apresentavam o currículo, as matérias necessárias para a formação de um bom sacerdócio, o aluno Francisco não perdia sequer os ensinamentos e organizando as teses que aproveitaria no futuro e assim prosseguia a escalada para o sacerdócio e este chegou com a formação e a imposição das ordens menores” .
(continua na próxima semana)
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