50 anos de seu falecimento
Continuação
Parte 5
Dando continuidade ao nosso trabalho de apresentar um pouco da vida e obra do grande Pe Assis, sacerdote de esteve a frente da Paróquia de Prados por mais de 30 anos, falecido em 15 de março de 1973, portando tendo completado agora no dia último dia 15 de março, 50 anos de seu falecimento, trazemos aos nossos leitores pelas mãos de seu irmão Djalma Francisco de Assis, manifestações de pesar pelo falecimento de Monsenhor Assis.
O PESAR PELO SEU FALECIMENTO
“ Chegou ao fim, aquele que muito luto na terra ,pronto estava para conquistar os louros da vitória, nos paramos celestes. Maria S.S por certo abriria seus braços para receber tão ardente filho apostolo.
No seu saudoso coração por certo encontrou uma centelha de amor, de carinho por tudo aquilo que lhe dispensou na terra por amor a seu divino filho.
Se para seus entes queridos foi um perda imensa, podemos avaliar o quanto foi para Prados que o tinha como pai espiritual, condutor das almas para o caminho celestial.
Assim se expressou Conego Henrique de Magalhães como colega e em nome de D. Delfim e do povo de Prados.
“ Exmo e Revmo Sr. Bispo Diocesano
Exmo Sr. Bispo de Pouso Alegre
Exmo Sr. Vigário Geral
Exmos Caros colegas do sacerdócio
Estimados amigos da família Assis
Meus irmãos e muito amados de Prado em Jesus Cristo.
Monsenhor Assis foi um exemplo vivo para todos nós.
Homem de Fé, de esperança e de caridade
Exemplo de trabalho, de zelo e de abnegação…
Homem de fé, toda sua existência foi traçada sob a luz esplendorosa da fé. A fé que ele recebeu no seu batismo, a fé de sua 1ª comunhão, a fé que uma dia, o fez ingressar no seminário de Mariana, a fé que o elevou ao sacerdócio.
Homem de esperança – Esperança que era o resultado de sua fé, Esperança que o fazia esquecer de si próprio, para dedicar-se as coisas de Deus e da Igreja; Esperança que se traduzia no sorriso de seus lábios, mesmo e apesar das contradições da vida e da dores de sua enfermidade.
Homem de Caridade. Em toda Paróquia de Prados, em todos os recantos do vizinho Município, existe um sinal, há um marco da caridade viva de seu imenso coração.
As obras que ele realizou durante seu longo e frutuoso paroquiato, o domínio que ele conseguiu sobre seu povo, não por imposição , mas , pelo valor inconteste de sua liderança, são frutos de sua caridade autentica, da caridade que ama Deus sobre todas as coisas e ama o próximo como a si mesmo, por amor de Deus.
Exemplo de trabalho , de zelo, de abnegação.
Desde as primícias de seu sacerdócio, quando jovem levita era capelão dessa majestosa Igreja da Ordem de N.S do Carmo, outra coisa não teve Mons Assis, a não ser trabalhar.
Trabalho, trabalho a não ser de toda sua vida interior, trabalho pela glória de Deus, da Igreja, trabalho pela salvação das almas.
Este trabalho foi, todo ele impregnado de um zelo santo, que fazia as vezes, simples como uma criancinha, outras vezes o tornava possuído de justa indignação, como outrora o mestre, empunhando chibatas para expulsar os vendilhões do templo.
Trabalho e zelo, frutos de uma abnegação, doação total de si, que como o apostolo para todos a fim de levar todos para Cristo.
Em rápidas pinceladas , o que todos nós sabemos de Monsenhor Assis, não vou contar episódios particulares de sua prodigiosa existência, pois, vós familiares, amigos e conterrâneos, os sabeis melhor do que eu.
Desejo apenas, ressaltar um fato que foi como que merecida coroa de Glória que Mons Assis recebeu aqui mesmo na terra.
Reconhecendo seus trabalhos, reconhecendo seu grau de valor sacerdotal, reconhecendo seus méritos, a Igreja sanjoanense, pela sua visão arguta e generosa ao Exmo e Revmo Sr.Bispo D. Delfim que tinha na pessoa de Mons. Assis um de seus mais queridos sacerdotes, conferiu-lhe a honrosa investidura de Conêgo do Cabido diocesano e, logo após, o de Monsenhor , capelão de S.Santidade, o Santo Padre o Papa.
Agora Mons. Assis morreu,,,
Foi descansar de seus trabalhos, descanso que na terra ele jamais conheceu . Foi receber a glória eterna em troca das glórias terrenas que ele desprezou.
Agora que ele se foi deste mundo, ficou sendo para nos motivo de meditação e de reflexão:
Meditação sobre as vocações sacerdotais
Meditação sobre a devoção a N. Senhora
Todos nós que tivermos a ventura de conhecer Mons. Assis, podemos neste instante , na vaidade e brevidade desta vida…
Parece que foi hontem que o vemos, exuberante de vida, recebendo a ordenação sacerdotal.
Parece que foi hontem que o vimos, exuberante de vida construindo a Santa Casa de Prados.
Parece que foi hontem que o vimos , exuberantes de vida, atravessar feliz, ainda cheio de esperanças as ruas da cidade, em suas atividades pastorais.
Parece que foi hontem , hontem mesmo, que aos primeiros sintomas da doença, o vimos cheio de esperanças num leito da Santa Casa.
Parece que foi hontem, que aos primeiros sintomas da doença que o vimos partir para Belo Horizonte em busca de melhores recursos.
Parece que foi hontem
E de la voltou o corpo inerte e frio daquela exuberância de vida.
Mons. Assis e para todos nós uma reflexão , sobre as vocações sacerdotais.
E a pergunta para todos nós.
Como vai ficar a paróquia de Prados ?
Qual será o padre que D. Delfim vai mandar para lá ?
Esta pergunta que fazemos naturalmente revela apenas o grau, o grande problema . As vocações sacerdotais.
A messe é grande, os operários são poucos, muito poucos.
Rogai pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.
Mais uma paróquia , em nossa Diocese sem padre…
Milhares de ovelhas sem pastor…
O problema não é somente do bispo, o problema é nosso.
É do povo cristão que tem de ajudar com orações , sacrifícios e esmolas a resolver as vocações sacerdotais. O problema angustiante da Igreja.
Enfim o Mons. Assis traz para nós uma reflexão, uma reflexão sobre a devoção a Nossa Senhora. Ele que como que apóstolo das romarias a Aparecida do Norte.
Romarias de preces, de cânticos, de sacrifícios, em homenagem à virgem , Nossa Senhora Aparecida,
Na atualidade, que tantas vezes, nos esquecemos de Maria Santíssima, no caminho de nossa salvação.
Esquecemos dos ensinamentos de Santo Inácio de que temos que ira a Jesus por meio de Maria.
Esquecemos que nenhuma graça como diz São Bernardo que nos vem do céu a não ser por Maria.
Mons. Assis, com suas peregrinações e romarias anuais, mostrava a todos vivamente, sua piedade , seu amor, sua filial devoção a Nossa Senhora, a mãe de Deus, mãe da Igreja mãe dos homens.
Vou terminar…
Neste preito de saudades em que nos unimos ao altar de Deus, do Santo sacrifício da missa, em sufrágio da alma virtuosa de Mons. Assis, levamos a Dioceses, a paróquia de Prados e a família enlutada os nossos sentimentos de pesar, de tristeza e de dor…
Mas, nos alegremos também pois, temos a certeza de que se perdemos um grande amigo aqui na terra, ganhamos um intercessor a mais, juntinho do trono de Deus. Porque Mons. Assis já recebeu de Deus, do pai, as palavras de prêmio da glória eterna.
VEM BENDITO DE MEU PAI, VEM PARA O REINO QUE TE ESTÁ PREPARADO DESDE TODA A ETERNIDADE.
Porque, eu tive sede e me destes de beber, estava com fome e me deste de comer, estava com frio e me deste agasalho, estava doente e me visitaste, estava no cárcere e vieste me visitar e consolar…
Entra na glória eterna de seu Senhor. “
Com esta manifestação de pesar pelo falecimento do sempre querido Padre Assis, encerramos, por ora, estes textos que nos conta a vida e obra do maior benfeitor que Prados já teve. Nossa pesquisa não acaba aqui, iremos continuar buscando mais subsídios para entender e divulgar a vida e obra do Mons. Assis, seja através de pesquisa em manuscritos, seja através de informações com pessoas que com ele conviveram.
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