Ladies and gentleman, boys and girls, quebra tudo porque HOJE É DIA DO ROOOOOOCK GALERA!!!
Não, não. Não é desse Roquê acima, eu tô falando é do Rock in Roll, aquele que nos mantém com espírito jovem, mais que isso, é estilo de vida. E sim, como diz o próprio nome da minha coluna, todo dia é dia de rock, claro, mas hoje é diferente, afinal… Você faz aniversário e tem seu dia, eu também, tem o dia do tomate, da pizza, do caminhoneiro, e até o outdoor tem o dia dele. Então, merecidamente o Rock também tem o seu dia, pra gente poder dizer que é o dia dele. Aeeeeeeee?
Não vou falar que a data é por causa do Live Aid, que nasceu do evento criado pra ajudar pessoas carentes na África, isso você certamente já cansou de ler por aí. Mas vou falar de que então?
Bom, primeiro puxando o gancho do evento acima citado, ali o Phill Colins soltou o verbo, e emocionado com o show e seu cunho humanitário, falou que por ele aquele deveria ser o dia do rock. No mundo inteiro isso não é um consenso, ninguém deu muita ideia pro Phill, mas no Brasil as rádios abraçaram a fala, e a data foi sendo compartilhada até que chegamos a isso, um dia mundial do rock que é comemorado só no Brasil ( e na Argentina também, diga-se de passagem). Azar o dos outros países que não comemoram (Chuuuupa resto do mundo!!!!), porque aqui a gente comemora mesmo, e ouve muito rock pra celebrar.
Sempre bom lembrar aliás, que o Rock nasceu lá nos Estados Unidos, oficialmente quando Elvis gravou That’s All Right, eu disse oficialmente porque os negros americanos já faziam rock bem antes disso, dentre eles um salve especial pra Chuck Berry (que como diria Raul “ninguém faz o que Chuck Berry faz”), aliás, por décadas ele seguiu fazendo seu passo do jacaré e nos encantando com riffs fantásticos.
São tantos nomes nesses primórdios que poderiam e deveriam ser citados que é bom nem começar a lista pra não ser injusto com lendas como Litle Richard e Bill Haley, depois veio o rock inglês com os Beatles, os Stones (estão aí até hoje no mesmo batido), Animals, The Who, o rock ia ficando mais trabalhado, tal qual um whisky do Tenesse ia melhorando com o tempo.
No fim dos anos 60 os grandes festivais cravaram o rock como o estandarte da contracultura (hu hulll!!!!!), e é esse período o mais fértil na minha opinião, com nomes lendários como Janis Joplin, Hendrix, Creedence, Animals, e claro, THE DOORS (que mundou a minha vida pra sempre e me fez ser eu de verdade nesse mundo estranho).
Cheio de contrapontos, o rock foi para o punk, para o progressivo, para o hard e para o metal, tudo isso sem deixar de ser rock, esse danado. Veio o Black Sabbath, o Iron, os Ramones (todo mundo gosta de Ramones!!!), o Deep Purple, as décadas foram passando, passou a disco, passou a dance, passou o É o Tchan, passou um monte de coisa, e o rock, assim como a jaqueta e couro e a calça jeans, ficou, seguiu, não mudou, apenas se adaptou.
Nos anos 80 tivemos grandes bandas com o Whitesnake ou The Police, e nos anos 90 o grunge, sempre há um jeito de reinventar o rock, e isso segue até hoje com bandas com Greta Van fleet ou Wolfmother por exemplo. Como diria a música do neandertal Neil Young, “o Rock in Roll nunca morre”.
Falando de Brasil, de terras tupiniquins, paralelo a tudo isso acima, os mutantes, Raul, Made in Brazil, Bacamarte e tantas outras bandas fizeram rock de qualidade nos anos 70, veio um movimento anos 80 com letras fantásticas e o rock brasileiro foi ganhando sua própria identidade, que é conservada até hoje, afinal podemos nos gabar, mundo afora é difícil achar um compositor com a capacidade do eterno Renato Manfredini Junior, ou o que dizer do conjunto da obra dos Engenheiros, ou de Paulo Ricardo como front band… Ahhh teve o Charlie Brow nos anos 90 pra manter tudo em seu lugar, e, bem, bandas como o Capital Inicial e o Nenhum de Nós estão aí na estrada até hoje, pra nos lembrar de que estamos VIVOS. VIVOS. VIVOS!!!!!!!!!!!!!!!!
E por falar em estarmos vivos, fora tudo isso aí e muito mais, porque não da pra falar de 70 anos de história em um texto, tem um outro universo, aquele dos pequenos festivais em todo canto do interior (um salve aí pra galera do Saleh e do Rock in Rua, que é muito melhor que Rock in Rio), das reuniões de amigos, do som que rola nos encontros de motociclistas, de toda uma cultura de camisas de bandas, dos papos intermináveis sobre música, e da confraternização, porque é disso que estamos falando. No rock às vezes temos caras de mau, mas a maldade para por aí, a comunidade rock é feita de gente bem resolvida, de eventos sem confusão, de respeito e de muita amizade.
Resumindo, rock é mais que música, é um sentimento, um estado de espírito, e a ele eu devo a maior parte das coisas boas que já me aconteceram na vida. Obrigado Rock, obrigado mesmo por existir, a vida sem você seria um erro grosseiro. Vida longa, Feliz Dia do Rock, e abraços a todos.
Ahh, pera aí… Bom, eu queria fechar esse texto com um som, mas que som pra simbolizar esse espírito? Faltam palavras e falta um som específico, mas me veio a mente uma em especial, “Its’ Only Rock and Roll, but i like”, e é isso aí, é apenas rock, mas a gente gosta. Nada melhor que fechar essa humilde homenagem com a maior banda de todos os tempos, aqui em momento mágico da turnê Bridges to Babylon.
Rodrigo Oliveira
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