Ladies and gentlemen, o Rock in Rua é tão importante para mim que mesmo que me pedissem para não ir, eu iria. Mesmo que me pedissem para não escrever sobre o evento, eu seria o meio de comunicação clandestino que escreveria sobre o festival. Esse festival diz muito sobre mim e sobre o que eu penso que seja o rock. Se você também acredita que rock é mais do que música, esse texto é pra você.
A coluna de hoje é sobre o “Rock in Rua”, evento que acontece anualmente em Dores de Campos em celebração ao 13 de julho, Dia Mundial do Rock, que este ano caiu no sábado (OH GLÓRIA!). Estamos falando certamente do principal festival de rock da região, um festival raiz, organizado por músicos da cidade, com a participação de bandas locais e até de outras cidades de Minas Gerais. Dores de Campos, ali do lado de Prados, nessa data se transforma na meca do rock n’ roll, é tão bom que é até difícil pra esse ex-cabeludo descrever, tem que ir lá pra ver.
Diferente dos últimos anos, este ano eu não pude estar presente em todos os dias e maratonar o festival. Mas, por exemplo, na sexta-feira, o que chegou para mim através do Léo e do Alexander foi que a Overflow fez um show ainda melhor do que o do ano passado, mostrando o amadurecimento dessa banda. Eu não estava lá, mas o vídeo do Leo deixou registrado que a banda Soulseek tocou “Jailbreak” (VALEU ANDRÉ!!!!!), que por si só já valeria o ingresso (caso houvesse um). A Uai Barão e a Zero Grau foram gratas surpresas, tornando a noite muito boa no festival.
Já no sábado, tivemos a tarde de metal, que infelizmente eu também não pude curtir. Mas, a exemplo da sexta, recebi vídeos e pude ver um pouco sobre como foi. Ah, como eu queria ter visto o Patrick cantando de cima da moto (o Gigante registrou essa loucura) e a participação de todos os ex-vocalistas no show da Left Behind (e ah, agora eu tenho uma camisa da banda, muito bonita por sinal). Isso sem falar na Psycho Dogs, banda nova no evento, que segundo meu amigo Alexander, tocou até Kiss.
Na noite de sábado, fui com minha família. E que noite de sábado, meus amigos! Comemoramos o Dia do Rock como se deve. A banda Joe Cool foi mais uma vez impecável em seu desfile de clássicos. Não tem como não “puxar saco” desses caras. PC indescritível na bateria, Vasik é uma lenda, Ricardo e Dé impecáveis. Aliás, como evoluiu o contrabaixo do André depois que se juntou a esse grupo. Sem contar o Daniel, que quem sabe, algum dia, me ensinará a tocar violão. Os caras quebraram tudo, com destaque para duas participações especiais de jovens músicos que são o futuro dessa “bagaça” chamada rock, e merece menção honrosa e destacada a apresentação de “Jumpin’ Jack Flash” dos Stones… sim, o mundo parou novamente naquele momento, olhos só para o palco, sensacional.
A Tríade veio na esteira do show da Joe Cool e não deixou por menos. Como é bom ouvir Creedence (Marco Aurélio gosta de tocar isso aqui), The Mamas and The Papas e Deep Purple executados por esse legítimo POWER trio. Gente, “Black Night” com eles é de outro planeta. E agora já sabemos quem é o músico escondido que dá o peso na banda: a pequena Valentina, que se apresentou junto com o pai (brincadeira, a Valentina abrilhantou ainda mais o show e é para nós a prova de que o rock seguirá sua estrada cada vez mais vivo, mas a banda é de três caras bons de serviço mesmo).
Então veio a banda Zaion (foto principal da matéria), que lá no podcast eu já havia alertado que era boa demais. Eu “cantei essa pedra” e ninguém tira esse mérito meu, porque é claro, quando o assunto é rock pode confiar no que eu digo. Eu alertei que viria aí uma banda de quatro mulheres que ia mandar bem demais, eu falei que a baterista era foda, e foi além disso… Olha, as quatro subiram e fizeram um momento memorável para a história do Rock in Rua. Elas “quebraram tudo” e fizeram um show pesado, indo de Tina Turner a Queen, de Led Zeppelin a Kiss. Quem não viu esse show perdeu algo inesquecível. Fica difícil falar em melhor show do festival, pois não vi boa parte deles. Mas, olha, foi épico e eu agradeço a oportunidade de estar ali naquele momento, o público presente vibrou em alta octanagem o show todo. Parabéns, mulheres da Zaion, vocês foram para mim a cara do Rock in Rua deste ano. (olha a Paula com a baixista aí)
Já eram pouco mais de 2 da manhã quando a Atlantis subiu ao palco. Minha família e eu já não conseguimos mais assistir a esse show que prometia ser um excelente desfecho para o sábado. Ainda teve a banda Auera no domingo, um show extra que encerrou a maior edição do Rock in Rua em grande estilo.
Como sempre, eu fui em família para esse evento que tem um ambiente impecável, zero confusões, zero aborrecimento, só gente bem resolvida. Eu me sinto muito em casa ali, pois ao longo de mais de 15 anos frequentando o evento fiz amigos para a vida toda, isso sem contar os amigos de Prados que sempre vão, e aliás mesmo com evento aqui a galera do rock compareceu (meus parabéns meus camaradas). Foi ali que fiz minha despedida de solteiro, e foi ali o primeiro rock que minha filha foi ainda bebê. Hoje, ela tem 5 anos e vai todo ano. É por essas e tantas outras histórias que “O Rock in Rua é e continuará sendo a nossa grande celebração do nosso jeito de viver”.
Aproveito para agradecer ao Leo e ao Natan do “Trem Bão Podcast” por terem me convidado para participar no “esquenta” do evento, agradeço demais essa honraria de poder fazer parte de algo tão lega, foi foda! Agradeço aos demais participantes que estiveram no bate-papo conosco. Abaixo, o vídeo com a íntegra do podcast (aqui vou colocar o iframe do vídeo).
Finalizando, queria parabenizar os organizadores, principalmente ao Marco Aurélio pela curadoria de alto nível, e também aos meios de comunicação oficiais credenciados que cobriram o evento, o “Portal Dores” e o “Nerd Dub”, ótima cobertura, ótima visibilidade, e a todos os envolvidos, incluindo músicos, público, patrocinadores, equipe de apoio, segurança e etc. Apenas o locutor que poderia ter deixado as bandas fazerem o bis delas e o festival fluir mais solto, ele parecia bastante compenetrado com o horário… abraço pra ele também que conduziu o evento pra gente.
Deixo aqui meus parabéns pela merecida homenagem a Adriano Falabella, o grande (E JAMAIS TANGÍVEL) mestre que nos deixou há pouco e foi o homenageado deste ano. E queria agradecer ao PC pelas baquetas do show, com as quais presenteou minha filha, ela está muito bem apadrinhada em sua futura carreira de baterista, tem baquetas dos gigantes PC e Edy.
E digo aqui cheio de felicidade e um pouco de ansiedade que ano que vem, a menos que eu passe dessa para uma melhor ou que me amarrem os pés, estarei lá novamente para celebrar não apenas o Dia Mundial do Rock, mas sim celebrar a amizade, o nosso estilo rocker de viver e os valores que levamos em nossas vidas, de diversão sadia entre pessoas espetaculares ao som de música de verdade (e não de qualquer barulho).
Espera aí que não acabou não… Esse evento é tão importante pra cena que eu faço questão de deixar aqui abaixo o link para o Instagram de todas as bandas, assim vocês podem ir lá e curtir.
E agora sim, VALEU ROCK IN RUA, VIDA LONGA AO ROCK!
https://www.instagram.com/uaibarao/
https://www.instagram.com/bandasoulseek/
https://www.instagram.com/banda.overflow/
https://www.instagram.com/oszerograu/
https://www.instagram.com/left.behind_band/
https://www.instagram.com/psychodogsrockband/
https://www.instagram.com/applesin.heavymetal/
https://www.instagram.com/joecool.classicrock/
https://www.instagram.com/triade.rock/
https://www.instagram.com/zaionbanda/
https://www.instagram.com/atlantis_banda/
https://www.instagram.com/banda_auera/
Rodrigo Oliveira
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