Criado por Olivier Toni e Adhemar Campos em 1977, O Festival de Música de Prados acontece em Prados, Minas Gerais, bem como em cidades da região, sempre na segunda quinzena de julho, durante as férias escolares.
Atualmente realizado pela Lira Ceciliana, com Direção Executiva de Eduardo Raele e Direção Musical de Fabio Brucoli, o objetivo do Festival é promover a preservação e disseminação da prática musical coletiva na cidade, a criação e formação de novos músicos, e a aplicação e desenvolvimento de metodologias pedagógicas transformadoras.
Entre 14 e 27 de julho o Festival promoveu mais de 13 apresentações gratuitas para um público de aproximadamente 1300 pessoas, além de cursos gratuitos de violino, violoncelo, contrabaixo, violão, bandolim, clarinete, saxofone, flauta doce e transversal, trompete, piano, teoria musical, oficina de choro, improvisação e prática em conjunto, percussão, canto, e teatro e musicalização infanto-juvenil, ao todo com mais de 150 alunos, se apresentando na Lira Ceciliana em 26 de julho e na quadra poliesportiva da Escola Municipal Adhemar Campos Filho em 27 de julho.
Dentre os destaques da programação, a abertura do Festival na Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, em 14 de julho, apresentou um concerto da Orquestra e Coral da Lira Ceciliana, com regência do maestro Adhemar Campos Neto. Além de peças de Manuel Dias de Oliveira, José Maurício Nunes Garcia, e Dmitri Shostakovich, a acordeonista Sarah Andrade apresentou “Saudades de Matão”, de Jorge Galati.
No dia 16 de julho, na Lira Ceciliana, a professora titular da Universidade de São Paulo – USP Flavia Toni apresentou uma palestra sobre o patrimônio musical histórico latino-americano, comparando os exemplos do Festival de Chiquitos, na Bolívia, e o Festival de Música de Prados. A professora defendeu que a Lira Ceciliana realizasse um estudo sobre a possibilidade de tombar o Festival como patrimônio imaterial a nível federal, contribuindo para a salvaguarda desta tradição.
O Festival também contou com apresentações de música de câmara, nos dias 18, 22, e 25 de julho, com repertório de música clássica e música popular para formações diversas. Já a Orquestra do Festival se apresentou nos dias 19, 24 e 27 de julho, com os solistas Fabio Brucoli (violino), Mauro Brucoli (violoncelo), e Octavio Deluchi (violão). No repertório, tivemos As 4 Estações de Antonio Vivaldi, Metamorphosen, de Richard Strauss, Ponteios, de Camargo Guarnieri, entre outros. Além disso, a já tradicional apresentação da Retreta da Banda da Lira Ceciliana se repetiu no dia 21 de julho, sob regência do maestro Adhemar Campos Neto. Por fim, o Festival também contou com apresentações de choro na praça nos dias 20 e 23 de julho.
O ano de 2024 também marca a primeira experiência do Festival realizando apresentações para novos públicos, em outros palcos e formatos, com um concerto de orquestra na praça, ocorrido em 19 de julho, e apresentações especiais para alunos da Escola Estadual Dr. Viviano Caldas, no dia 16 de julho, e na APAE, em 24 de julho.
LIRA CECILIANA
A Lira Ceciliana, entidade sem fins lucrativos cujas origens remontam ao ano de 1858, é herdeira do movimento musical que se desenvolveu em Minas Gerais a partir do século XVIII. Tendo como motivação e objetivo o estudo e o cultivo da música, mantém em funcionamento um coro, uma orquestra, uma banda de música e uma pequena escola de iniciação musical para a formação de novos integrantes. Desde 1977, a Lira Ceciliana realiza o Festival de Música de Prados, que em 2023 completa 44 anos de tradição.
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