O Programa Liberdade em Ciclos, idealizado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) e gerido pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), atingiu a marca de 1 milhão de absorventes e fraldas produzidos em unidades prisionais do estado.
Esse número demonstra o impacto social, econômico e ressocializador do programa, que segue ampliando suas oficinas prisionais em todo o território mineiro.
O programa teve início em 2021, durante a pandemia, quando as unidades prisionais já haviam produzido 8,7 milhões de máscaras, o que revelou o potencial do trabalho prisional para demandas sociais. A produção de fraldas e absorventes começou efetivamente a partir de 2022, enfrentando desafios como falta de maquinário em pequena escala. Com inovações, adaptações em ferramentas (como a faca de corte) e validação dos produtos com usuárias, a iniciativa foi se consolidando.
Para estruturar a produção, o programa contou com diversas parcerias e investimentos:
Atualmente, o programa opera várias “fábricas” dentro de unidades prisionais, entre elas:
A produção mensal chega a cerca de 150 mil absorventes, e a meta para 2025 é abrir 23 novas oficinas em Minas Gerais. Além disso, cada rolo de matéria-prima (25 kg) pode gerar entre 600 e 700 unidades, embaladas em pacotes, seguindo testes microbiológicos para garantia de segurança e conforto.
Os detentos envolvidos passam por cursos de “Boas Práticas de Fabricação”, recebem certificação e aprendem higiene, segurança e empreendedorismo. Em Divinópolis, por exemplo, 58 custodiados já foram capacitados até o momento.
Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco,
“Cada fralda e cada absorvente produzidos pelo programa Liberdade em Ciclos representa economia para o Estado, dignidade para quem recebe e transformação para quem produz.” Ele reforça a crença nos resultados concretos, dizendo que 1 milhão de unidades fabricadas comprovam que o trabalho é o caminho real para reparar erros do passado e reconstruir histórias.
Importante destacar: Minas Gerais é o estado que mais emprega presos no Brasil, com aproximadamente 18,1 mil detentos em atividade laboral.
A produção atende 100% o sistema prisional, e o excedente é destinado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) para doações a entidades sociais, como asilos, ONGs, escolas, associações e em situações emergenciais.
Em 2024, os absorventes e fraldas chegaram também às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Além disso, o presídio de Ituiutaba doou 3,6 mil fraldas a um lar de assistência social. Outras doações já beneficiaram diversas regiões, por meio de escolas, ONGs e asilos.
CRÉDITOS: AGÊNCIA MINAS.
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