O uso das chamadas “canetas emagrecedoras” ganhou muita visibilidade nos últimos meses, especialmente pelas promessas de perda de peso rápida. Mas, apesar da popularidade, esse é um tema que exige responsabilidade.
Para esclarecer os pontos mais importantes e evitar banalização d e algo tão sério, o Prados Online conversou com a farmacêutica Jéssica Cunha, da Drogaria Poupa Brasil, que reforçou informações essenciais sobre o assunto.
Antes de tudo, é importante entender o que são as canetas emagrecedoras. Trata-se de medicamentos aplicados por meio de injeção subcutânea, desenvolvidos para atuar no organismo regulando apetite, saciedade e outros processos metabólicos. Elas não foram criadas com foco na estética e seu uso está ligado ao tratamento de condições específicas de saúde, o que reforça a importância de acompanhamento profissional.
“Primeiro, é importante lembrar que elas não são produtos estéticos”, explica Jéssica. Segundo ela, as canetas são medicamentos, e não itens de beleza. Foram desenvolvidas originalmente para o tratamento de Diabetes Tipo 1, o que já deixa claro que seu uso deve ser criterioso.
Outro ponto destacado pela farmacêutica é a necessidade de prescrição médica. “O uso deve ser sempre indicado por um médico”, afirma. Sem esse acompanhamento, os riscos aumentam, especialmente por conta dos possíveis eventos adversos. Jéssica também lembra que apenas agora em 2025 esses medicamentos foram oficialmente liberados para o tratamento da obesidade em casos específicos, reforçando que são inibidores de apetite de uso específico, e não servem para qualquer pessoa que queira emagrecer rapidamente.
Ela alerta ainda para um risco que vem crescendo: a compra de canetas contrabandeadas ou falsificadas. Sem controle de qualidade e fora dos padrões da Vigilância Sanitária (ANVISA), esses produtos podem colocar a saúde em perigo. “O uso inadequado abre espaço para riscos sérios”, reforça.
Ao final da conversa, Jéssica resume a mensagem principal: o uso de canetas emagrecedoras é um assunto muito sério e não deve ser banalizado. Usar esses medicamentos exige acompanhamento médico, cuidado e responsabilidade. “Consulte sempre o médico.”
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