Os primeiros momentos de um novo mandato

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A coluna Economia na Prática desse mês tenta esclarecer um assunto bem controverso nos últimos meses: as medidas adotadas pela nova equipe de governo para a retomada do crescimento do país.

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Situações em que se envolve partidos políticos, além de tanta opinião sendo ventilada na mídia faz com que, aquele que ouse emitir opinião sobre o tema reflita sobre qual efeito essa opinião causará no publico. No caso, esse texto tem o proposito de informar de maneira isenta o que levou a equipe de governo anunciar medidas como o aumento da energia, a alta dos impostos e a elevação da taxa de juros, anunciadas nesse começo de ano.

 Segundo Joaquim Levy, a estratégia para a economia brasileira esse ano é aumentar a arrecadação de impostos em R$ 20 bilhões, além de reduzir os custoscom a máquina pública, fazendo com que se atinja uma meta de superávit de 1,2% do PIB. Além dessas, outras medidas estão sendo anunciadas de forma gradual para evitar alardes da opinião publica. Portanto o ano deve ser de aperto tanto para os governos (federal, estadual e municipal), mas também para nós cidadãos comuns.

Diante esse cenário algumas perguntas brotam em nossas cabeças: Porque se chegou a tal ponto? Porque não se previu esse cenário? A economia foi conduzida de maneira correta no ultimo mandato?

Vimos muito nos noticiários de TV os efeitos da crise mundial sobre a zona do euro, sobre os Estados Unidos e até mesmo sobre a China que cresceu menos. Para evitar esse cenário de crise, o governo tomou a decisão de manter o ritmo do crescimento com a inflação controlada, fazendo uma renúncia fiscal, isentando vários setores da economia. Com isso o governo arrecada menos além de manter altos investimentos no país, causando assim esse desequilíbrio das contas do governo.

Vejamos o exemplo da eletricidade! Em 2012, Dilma Rousseff tomou a decisão de baixar o preço da energia, porem nesse período havia falta de chuvas e queda nos reservatórios, o que elevava o custo de produção. Para não repassar o aumento à população, o governo arcou com parte das despesas. Porem a nova equipe econômica do governo, anda realizando cortes, e decidiueliminar esse gasto. Resultado: aumento na conta de luz.

Os juros também vêm sendo elevados nos últimos meses. Isso leva a uma consequência direta que é o aumento do custo do credito. No caso dos impostos um exemplo considerável é o automóvel que subiu de preço após o fim do desconto no IPI e ainda deve piorar, pois voltará em breve o Cide, imposto incidente no valor da gasolina e do diesel.

Essas são algumas das principais medidas anunciadas até agora nesse principio de governo. Medidas que visam melhorar a saúde financeira do país e recoloca-lo no caminho do crescimento econômico tão buscado pelo atual governo.Mesmo que para isso o partido tenha tido que buscar na ortodoxia de Joaquim Levy, o caminho par isso.

Qualquer medida com tamanha relevância meche com tantas variáveis que necessita de tempo para que possa surtir efeito. Portanto o ano de 2015 promete ser árduo principalmente para aqueles ingressados na agora engrandecida classe média brasileira. Vamos torcer para que essas medidas recoloquem o Brasil de volta na parte ascendente do ciclo!

Fabrício Ferreira da Silva

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