Policiais responsáveis pela ação
A Polícia Civil prendeu na última semana (e divulgou ontem), em Oliveira, sete pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos. O grupo pode ser o mais bem estruturado neste tipo de crime em toda a Minas, era investigado há cerca de dez meses, seria responsável por aproximadamente 30 ataques com uso de explosivos contra instituições bancárias e postos de gasolina, causando prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão.
Por meio da operação “4M”, a Polícia prendeu os suspeitos, que utilizavam dois veículos roubados, quando deslocavam-se para o distrito de Morro do Ferro, onde planejavam cometer furto contra uma agência bancária, o bando portava forte armamento e aparato. Cinco membros ligados à organização estão presos preventivamente, suspeitos de participarem de explosão contra agência bancária no município de Felixlândia no dia 21 de agosto e outros três comparsas estão presos em Coronel Murta, região Norte do Estado, desde o dia 11 de agosto, após explosão de agência bancária naquela cidade.
Assista abaixo o vídeo do momento da prisão na rodovia:
Organização
Conforme explicou o Delegado responsável pelas investigações, João Prata, o grupo possuía modo de agir bastante específico. No dia da ação, os suspeitos se reuniam e deslocavam-se em conjunto para o local do ataque, em horários variados, a depender da distância do alvo em relação à região metropolitana.
No município alvo, parte do bando é encarregada da “contenção” (segurança da ação), utilizando para tanto armas de fogo de grosso calibre para o enfrentamento da Polícia e o restante participa do assalto.
Geralmente, a quadrilha abandonava os veículos roubados utilizados nos crimes e embarcavam em veículos regulares, que eram posicionados em locais estratégicos. De modo a evitar serem presos em barreiras Policiais, os suspeitos se dirigiam à sítios localizados na zona rural do município ou se escondiam em matas fechadas. Para tanto, um membro da quadrilha retornava para Belo Horizonte em um veículo regular, voltando na tarde do mesmo dia da ação criminosa para resgatar os outros parceiros que tenham ficado escondidos em matas.
A operação foi batizada de “4M” como alusão ao modo de vida dos criminosos, que dizem valorizar “Música, Mulher, Maconha e Malote (adquirido dos crimes)”.
Fontes na Polícia Civil, relataram com exclusividade ao Prados Online, que o bando é suspeito de ações ocorridas aqui na região, como por exemplo os estouros dos bancos de Lagoa Dourada e Resende Costa.
Publicado em 19/10/2016 às 08:20
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