Minas já tem 16,1 mil casos prováveis de chikungunya em 2017

A febre chikungunya continua avançando rapidamente em Minas Gerais. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgados nesta segunda-feira mostraram que mais de 16,1 mil casos prováveis da doença foram registrados neste ano. A média é de 103,6 notificações por dia. O número é 32 vezes maior do que computado nos 12 meses de 2016. Ainda estão sendo investigados 11 óbitos da doença.

Os dados mostram uma queda em maio no número de registros, porém, o número ainda é grande. Em janeiro foram 758 notificações, em fevereiro, 3.409. A situação pior foi em março, quando os registros saltaram para 7.690. Em abril, voltou a cair e chegou a 3.547. A queda continuou no mês seguinte, que terminou em 771 notificações. Em junho, ainda não há nenhum registro.

Do total de casos registrados em Minas Gerais, 89 são em gestantes. O maior número de casos prováveis estão concentrados em Governador Valadares, na Região do Rio Doce, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. A alta já era prevista devido a uma conjunção de fatores: as condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito Aedes Aegypti; o grande número de pessoas que ainda não tiveram contato com o agente causador; a circulação do vírus na Região Nordeste do estado; e a inexistência de uma vacina ou medicamento específico para conter a virose.

A chikungunya tem sintomas parecidos com os da dengue, como febre, dor de cabeça, manchas no corpo e indisposição. Mas a característica principal é a dor forte nas articulações, por tempo prolongado.

Dengue e zika

Outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti também vem apresentando alta neste ano. Mas, em comparação com os anos anteriores, acontece uma queda significativa. Em 2017, foram registrados 25.353 casos prováveis de dengue, bem menos do que as 524,6 mil notificações registradas em 2016, quando o estado passou pela pior epidemia. A SES já confirmou três mortes pela doença, e outros 17 são investigados. Já em relação ao zika vírus, foram registrados neste ano 818 casos prováveis no estado, sendo 126 em gestantes. Nos 12 meses do ano passado, foram 14.086 notificações da doença.

Fonte: O Estado de Minas

Publicado em 06/06/2017 às 13:22 hs.

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