Um robô desenvolvido pela startup brasileira Human Robotics promete aproximar pacientes com Covid-19 de seus familiares, mesmo à distância. O modelo será testado em um primeiro momento no Hospital Universitário do Cajuru (HUC), em Curitiba, e tem como objetivo oferecer uma alternativa de atendimento interativo e humanizado, além de manter o isolamento social e evitar novos contágios. Os dispositivos se movimentam de forma autônoma, podem ser configurados e trazem inteligência artificial para reagir a estímulos durante as conversas, funcionando totalmente em português.
A ideia é que o robô atue como um intermediário no contato entre familiares e pacientes internados em UTIs com complicações em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Como as pessoas precisam ficar isoladas, o dispositivo pode ser uma forma de manter o contato durante o tratamento. Para utilizar o serviço, o usuário precisa logar na plataforma por meio de um app próprio da máquina, que dá acesso à visualização em tempo real do conjunto de câmeras e permite realizar chamadas por meio de aplicativos como WhatsApp, Google Meets e Zoom Meetings.
Para a direção do hospital, a alternativa humaniza o processo de tratamento e contribui para o bem estar emocional de pacientes e familiares. Além do HUC de Curitiba, a Human Robotics está em negociação para levar a tecnologia para hospitais de João Pessoa, na Paraíba, e de São Paulo.
Além desse robô, a Human Robotics desenvolve usos em que os robôs podem realizar a triagem de casos suspeitos de contaminação, diminuindo riscos para a equipe médica do hospital. Outros cenários de uso envolvem a compilação de relatórios e até o transporte de medicamentos, comida e outros itens pelos corredores do hospital.
Vale lembrar que diversas tecnologias têm sido utilizadas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Na China, ainda nos estágios iniciais do problema, robôs já eram utilizados para atender pessoas que cumpriam o isolamento em hotéis. Táxis voadores também foram utilizados para entregar suprimentos para áreas de risco, assim como respiradores mais baratos foram desenvolvidos por universidades no Brasil e no mundo.
*Techtudo
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