Luiz Razia é piloto profissional e já foi campeão de kart, de Fórmula 3 e vice-campeão de Fórmula 2. Hoje tem uma produtora de vídeo, a Rockset, com mais de 30 colaboradores. Quando surgiu o Pix, na hora, sua empresa mudou as formas de pagamento de colaboradores e fornecedores. Além de gratuito, o Pix era mais prático que a TED. Mas a gratuidade acabou e ele contou no Twitter sua indignação de ter que pagar 9 reais por cada transferência. O Bradesco, seu banco, não fez nada de errado. Inclusive avisou aos clientes de que passaria a cobrar. Mas não foi lá muito simpático ao responder o tuíte de Razia. O banco se apegou ao fato de que o próprio Banco Central desde o começo avisou que o Pix poderia ser cobrado de pessoas jurídicas.
Só que o BC fez tanta propaganda da gratuidade do Pix para pessoas físicas que criou expectativas e pode afetar a relação dos bancões com seus clientes pessoas jurídicas. Mesmo pagando pelo Pix,
a Rockset vai seguir cliente do Bradesco porque segundo Razia não existe hoje ainda banco digital que atenda as necessidades de sua empresa que tem o regime de lucro real. Ele precisa de um gerente que não seja apenas digital e ainda de quatro contas diferentes no mesmo CNPJ. Mas Razia diz também que assim que alguma fintech oferecer serviços parecidos com os dos bancões, ele vai correr atrás das tarifas zero.
O consultor João Bragança, da RolandBerger, diz que os grandes bancos fatalmente vão acabar reduzindo tarifas, justamente pressionados por novos concorrentes que pretendem conquistar market share. Enquanto Bradesco, Itaú e Santander cobram por Pix feitos pelas empresas, Nubank, C6 e Banco Inter anunciaram a gratuidade das tarifas, mas estes bancos são, por enquanto, mais adequados a empresas enquadradas no Simples ou MEI.
O Sicoob Credivertentes informou que por enquanto o PIX segue gratuito na cooperativa e não há nenhum indicativo neste momento de que será cobrado.
*veja.abril
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