Os indicativos de aumento no número de casos de COVID-19 em Minas preocupam o governo do estado. O governador Romeu Zema (Novo) afirmou ontem que não descarta uma terceira onda de COVID-19 no estado e pediu que a população mineira mantenha os cuidados e o isolamento social para evitar o avanço da doença. “Ainda estamos vivendo um momento muito difícil da pandemia. Nada nos garante que uma terceira onda, pior do que a segunda, possa surgir. Solicito a todos que tenham cuidado. Mantenham o uso de máscara, distanciamento físico e as medidas de higienização”, alertou Zema, durante coletiva de imprensa. “O vírus está sofrendo mutações a todo momento. Uma variante mais letal e mais contagiosa pode aparecer”, completou. Zema visitou Três Marias e Felixlândia, ambas na Região Central do estado, onde se reuniu com prefeitos da microrregião e integrantes do setor produtivo e acompanhou a vacinação em um posto de saúde, respectivamente.
Pela manhã, o secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, informou, em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, que houve queda na média móvel de casos em maio em comparação a março e abril, mas os números voltaram a subir. “Temos um platô com viés de alta”, afirmou. Ele reforçou que é importante observar se o estado está entrando em um novo pico, lembrando que a segunda onda ainda não foi controlada.O secretário destacou que o número de positividade de diagnósticos da COVID-19 é ainda muito alto, “demonstrando alta circulação do vírus”. Baccheretti disse que é importante observar para saber se o aumento é em decorrência das comemorações do Dia das Mães ou se reflete a flexibilização das atividades econômicas nas regiões mineiras.De acordo com os dados apresentados pelo Comitê, a taxa de positividade está em 36%, um ponto percentual a menos em relação à semana anterior, o que mostra tendência de platô da pandemia. A taxa de incidência da doença no estado apresentou crescimento de 6%. Já o número de pedidos de solicitações de internações aumentou 15,87% na última semana.Ele também anunciou ações adotadas pelo estado para enfrentar o que pode ser a terceira onda da pandemia. Afirmou que houve aumento na testagem, com a realização de exames rápidos. Disse ainda que haverá abertura de leitos nas regiões com maior estresse assistencial, citando, como exemplo, a abertura de cinco vagas em Coromandel, no Alto Paranaíba, município que teve superlotação hospitalar no início da segunda onda. “Sofreu muito com a segunda onda. Tivemos lá 90 pacientes transferidos”, detalhou.
A Secretaria de Estado da Saúde tem realizado também, segundo ele, a transferência de pacientes de regiões de saúde com a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva e enfermaria mais alta para outras onde haja folga. Bacchretti citou aumento no número de pacientes em espera por leitos na região Sul e disse que a região do Vale do Aço, por exemplo, é uma das que têm “uma gordura” se referindo a um menor percentual de ocupação dos leitos.O secretário também informou o envio de kits com medicamentos para intubação para 600 municípios e atualizou o número de doses de imunizantes recebidas pelo estado. Segundo ele, são até agora 9 milhões de doses, incluindo as cerca de 600 mil da Astrazeneca e Pfizer enviadas na última remessa. Do total, foram aplicadas 7 milhões de doses.*Estagiário sob supevisão da subeditora Rachel Botelho
Os pedidos de solicitações de internações por COVID-19 aumentaram 15,87% na última semana, segundo dados atualizados ontem pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). De acordo com órgão, a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com a COVID-19 está em 79,55%, e a leitos de enfermaria, em 78,21%. Em todo o estado, 253 pacientes aguardavam ontem por internação em UTI e outros 410 esperavam vaga em enfermaria. Diante do quadro e de um elevado patamar de casos no estado, o governo de Minas reforça que as cirurgias eletivas continuam proibidas até 30 de junho, inclusive na rede particular. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG), somente as operações de câncer e coração não foram suspensas, por serem consideradas de maior gravidade.
*estadodeminas
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