Você já ouviu por aí que não se deve mais dar umas boas palmadas em crianças?
Vou te contar bem baixinho:
_ Um tapinha não é crime.
Não estou aqui para discutir sobre lei, mas para refletir com você, caro leitor, este tapinha liberado dói ou não dói?
Cresci recebendo castigos, palmadas, e hoje estou aqui, bem educada. Mas será que a educação é o único fator importante?
Durante este meu início de percurso me relacionando de maneira ímpar com crianças para o ensino da música ou para o atendimento psicopedagógico, me questiono diariamente sobre a escassez da comunicação. “Fabricamos” crianças que não se comunicam como deveriam, que agridem uns aos outros, que não têm coragem de pedir desculpas, que não sabem o que é dialogar para resolver problemas.
E se eu contar para as famílias sobre esta falha na comunicação, será que ganharão aquele tapinha que não dói?
O maior problema não está no que se faz quando se dá umas palmadas na criança, a complicação surge no que NÃO se faz. Você bate para a criança aprender, mas ela aprende o que não se deve.
O tapinha poderia ser benéfico se ele viesse de um responsável que conversa com maturidade e amor com a criança, que compreende o seu sofrimento, que entende que criança também é gente e não propriedade de adulto. Mas, neste caso, o tapinha nem seria necessário.
Um tapa que oprime ou uma palavra que ensina e acolhe? A escolha é sua!
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