Os professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram em votação nesta quarta-feira (28) por deflagrar greve sanitária por período indeterminado. O movimento, conforme o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), terá início no dia 2 de agosto, um dia antes do fim do recesso escolar.
Parte da categoria é contra o retorno do ensino presencial devido à pandemia. Mesmo com a vacinação dos docentes, já contemplados com a imunização no Estado, a entidade considera que não é o momento das escolas voltarem a ser frequentadas pelos estudantes e pelos professores.
“A rede estadual de Minas não apresenta segurança sanitária nas escolas para um retorno presencial, o processo de vacinação no Estado não garantiu a imunização completa com a segunda dose na categoria e as crianças e adolescentes sequer têm um cronograma de vacinação. Essa greve sanitária se faz necessária para defender a vida da categoria, dos estudantes e das comunidades escolares”, declarou a coordenadora-geral do Sind-UTE, professora Denise Romano.
O sindicato destaca que a greve sanitária será realizada nas regiões onde houver a convocação presencial, mas, o ensino remoto continuará a ser prestado aos estudantes. No próximo dia 10, a categoria volta a se reunir em nova assembleia para decidir os rumos do movimento.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por nota, que vai acompanhar a adesão ao movimento nas escolas estaduais, mas reiterou que o processo de retomada das atividades presenciais segue planejado com todo cuidado e segurança.
“Reforçamos ainda que a retomada das atividades presenciais na rede estadual está acontecendo de maneira segura, híbrida, gradual e facultativa, seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), desenvolvido em conjunto por um grupo de trabalho formado por especialistas nas áreas de saúde e educação, e balizado por critérios técnicos que orientam as deliberações do Comitê Extraordinário Covid-19”, destacou a pasta.
Além disso, a SEE declarou que todas as escolas realizaram um checklist para aplicação das adequações necessárias no ambiente, com regras de distanciamento e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. “A retomada também inclui monitoramento de casos suspeitos da doença, com a possibilidade de afastamento progressivo de alunos, turmas e até o fechamento de escolas, em caso de necessidade”, ressaltou.
Prados.
Conversamos com o diretor da Escola Estadual Doutor Viviano Caldas, Rosberg Patrocínio. Segundo ele, a princípio não foi informado por parte dos professores nenhum indicativo de greve em nossa cidade.
Porém, as aulas ainda não devem retornar em Prados. Segundo o diretor, este retorno depende de um decreto municipal liberando o funcionamento, além de uma inspeção da vigilância sanitária municipal.
Rosberg afirmou que a escola já procurou a Prefeitura a esse respeito, e obteve a resposta de que os municípios da AMVER devem tomar uma decisão conjunta em breve.
*otempo
Prados Online
2012 Prados Online | cnpj: 15.652.626/0001-50