Durante assembleia estadual dos trabalhadores em educação de Minas Gerais, convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE-MG), na tarde da última terça-feira (8), os profissionais decidiram entrar em greve.
Ao todo, cerca de 15 mil educadores participaram do encontro que deliberou pela deflagração da greve, a partir do dia seguinte. A principal reivindicação da categoria é que o governo do estado cumpra sua obrigação e pague o piso salarial da educação.
Em 2022, o Piso Salarial Profissional Nacional foi reajustado em 33,24%, chegando ao valor de R$ 3.845,63. Atualmente, o vencimento básico de um professor ou professora em Minas Gerais é de R$ 1.982,54.
Nesta segunda-feira (15) houve uma reunião entre representantes dos professores e do governo estadual, mas não se chegou ainda a um acordo para o fim da greve.
Em Prados, a grande maioria dos profissionais aderiram ao movimento. Segundo o professor Caio Vale, que conversou com nossa equipe, é importante que a população tenha noção da importância do movimento, que luta por melhores condições de quem educa na escola pública, e consequentemente, busca melhores condições para os alunos. Por isso os professores daqui utilizaram suas redes sociais para emitir a nota abaixo, voltada à comunidade local:
“Os professores e demais profissionais da E.E. Dr. Viviano Caldas vêm por meio desta nota esclarecer a toda a comunidade a razão pela qual estão em greve a partir do dia 14/03/22.
O motivo é grave e urgente, pois diz respeito ao futuro da Educação Pública Mineira, uma vez que, não há diálogo para tomada de decisões, aliado à desvalorização, à precarização dos serviços básicos e ao comprometimento da qualidade de trabalho do Sistema de Ensino.
Assim:
– Pelo não cumprimento a Lei Federal do Piso Nacional dos professores, de 33,24%, através de recursos do Fundeb (Não é aumento de salário, mas é recomposição salarial);
– Pelos Auxiliares de Serviços Básicos (ASB), pois recebem menos de um salário mínimo;
– Contra o Regime de Recuperação Fiscal (que prevê o congelamento de salários e carreiras pelos próximos nove anos);
– Contra os projetos de municipalização, privatização das escolas;
– Contra o aumento do desconto previdenciário de 11% para 22%;
– Contra a perda do reajuste salarial de 11,36% conquistados em 2016 e que nunca foi pago.
– O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINDUTE) tentou, por inúmeras vezes, negociar com o governo Zema e o mesmo não respondeu e não apresentou novas propostas.
– Contamos com seu apoio e sua compreensão!
O Sindicato já demonstrou que há recursos financeiros do Fundeb para o governo cumprir com o pagamento do piso salarial nacional, assegurado por lei. Portanto, tal repasse não irá sobrecarregar as contas do Estado, como afirma o governador.
Sabemos dos prejuízos causados por uma greve neste momento, mas como exposto acima, não nos restou outra alternativa. Posteriormente, os dias paralisados serão devidamente repostos em momento oportuno.
ATENÇÃO
#ZemaPagueoPisodaEducação #zemapaguenossosprofessores”
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