Tivemos no último fim de semana aquela tradicional quebradeira em homenagem ao Dia Mundial do Rock, que nosso amigo Marco Aurélio organiza lá em Dores de Campos, com a ajuda de outros caras legais que se vestem de preto pra ouvir música, é claro que estamos falando do Rock in Rua.
Como faço ano após ano, é claro que estive lá nessa 12ª edição, a primeira pós-pandemia (que saudade que a gente estava, aliás). O festival desse ano trouxe algumas mudanças relevantes, e eu acompanhei cerca de 60 a 70% dos shows, posso emitir algumas opiniões, e realmente o festival desse ano vale uma crítica.
A banda Hera abriu o evento na sexta e fez um show honesto, um grupo bem jovem, que tem ainda muita estrada pela frente, tocaram pop rock com momentos bons, destaque para o cover de Clube dos Canalhas, do Matanza, que ficou realmente muito bom, tanto que foi repetida no Bis.
Na sequência, Joe Cool fez um show perfeito. Sinceramente, se não fosse de graça, só esses caras teriam feito o ingresso valer a pena, músicos bem rodados que mandaram um repertório de clássicos escolhido a dedo, sequência bem montada e bem executada, rolando até The Doors com direito a menção a minha humilde pessoa (não mereço, mas gosto de ser lembrado também), mas que teve como ponto mais alto a interpretação de Jumpin Jack Flash dos Stones, a gente não pode escrever esse tipo de palavra aqui, mas foi “do caralho.”
Já na madrugada, os pradenses da Auêra entraram no palco e fizeram uma boa performance. Eu particularmente estava ansioso pra ver, pois tiveram alterações recentes entre os músicos e o último show que eu assisti desses caras não foi legal, infelizmente, cheio de pausas e participações, em um horário e evento que na minha opinião não os privilegiou aqui em Prados. Dessa vez, tudo certo, bom repertório e execução que valeram a pena pra quem segurou no evento até por volta das 3 da manhã.
Veio o sábado, e lá estava eu novamente, sem vergonha nenhuma cheguei antes dos músicos até e levei a família toda (porque a foto abaixo, da Paula em cima do palco deixa claro que lá em casa o DNA não falha). Presenciei o incentivo aos alunos de música do Daniel, coisa importante para um festival, os shows foram abertos em seguida pela banda Overflow, que ali debutava, isso mesmo, fizeram seu primeiro show, e apesar de precisarem ainda de acertos mostraram qualidade, atitude e empolgaram o público.
Depois deles veio a TRIO, com clássicos nacionais e internacionais, fazendo algumas releituras interessantes, carregadas de distorções, que deram peso extra em músicas como Stand by me e California Dreamin. Fecharam o show com uma versão rock de Avohai, do Zé Ramalho.
Os shows que seguiram eu não pude ver, uma pena, gostaria de ter visto sobretudo a apresentação da Freud Flinston, de Barroso, banda nova, mas de músicos rodados, incluindo meu amigo Rafael. A Apple Sin representou a turma do metal, teve ainda Pink Floyd Cover, e o festival foi fechado com o André e o seu power Trio da Soulseek, que certamente devem ter tocado aquela versão de jailbreak que eu acho um espetáculo.
Muitos fatos importantes a serem mencionados… O Rock in Rua está amadurecendo, teve uma estrutura de som e luz muito superior neste ano, a organização abriu mão da tarde do metal e trouxe um público mais diversificado pra praça, fato que foi positivo na visão dos organizadores.
Mais que isso, tivemos banda estreando e alunos de música tendo oportunidade, tudo isso em um tipo de festival que se torna cada vez mais importante, afinal eventos assim são raros. Aqui na região, por exemplo, Prados já teve duas edições de um festival de rock, Barroso tinha vários, e hoje restou o Rock in Rua, em Dores de Campos, para onde pretendemos ainda ir por muitos anos nos meados de julho.
Parabéns ao Marco Aurélio, a todos os envolvidos, vida longa ao Rock in Rua, Vida longa ao Rock’n Roll!
Rodrigo Oliveira
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