Na última segunda-feira (15), quando Prados celebrou pela primeira vez o Dia em Homenagem a Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, alunos da rede municipal de ensino participaram de uma experiência diferente: uma verdadeira aula de história ao ar livre.
Eles visitaram a Fazenda do Coqueiro, considerada a propriedade preservada mais antiga da cidade, que guarda em suas paredes e memórias mais de três séculos de história. Os estudantes foram recebidos pelo proprietário Vitor Moura Júnior, que conduziu a visita explicando detalhes sobre a construção, o modo de vida no local e a importância histórica do espaço.
A fazenda não é apenas um patrimônio arquitetônico: ela foi palco de reuniões da Inconfidência Mineira, com a presença da própria Hipólita. Assim, os alunos puderam conhecer de perto o cenário onde parte da luta pela liberdade se desenhou.
A data foi instituída pela Lei Municipal Nº 2.558, de 03 de setembro de 2026, e será celebrada anualmente em 15 de setembro, data do batismo de Hipólita registrado na Matriz de Nossa Senhora da Conceição. A iniciativa, proposta pelo vereador André, busca valorizar a trajetória da única mulher reconhecida entre os inconfidentes mineiros, fortalecendo a memória e a identidade histórica de Prados.
Embora não seja feriado, o dia agora faz parte do calendário oficial da cidade, com o objetivo de estimular a cultura, a memória e o conhecimento histórico sobre Hipólita. Neste ano, as atividades foram ampliadas: além da visita à Fazenda do Coqueiro, a Escola Adhemar Campos programou para o dia 16 de setembro uma palestra sobre a vida da heroína pradense.
Nascida em 1748, em Prados, Hipólita foi uma mulher culta, proprietária rural influente e de coragem incomum para a época. Sua Fazenda do Coqueiro se tornou ponto de encontro e articulação do movimento. Mesmo tendo seus bens confiscados pela Coroa, deixou marcado seu protagonismo e sua força.
Faleceu em 1828, sendo sepultada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Prados. Hoje, é lembrada como símbolo da participação feminina na luta pela independência.
Com a lei e com ações como a visita dos estudantes, Prados assume o protagonismo de valorizar e difundir a memória de Hipólita, garantindo que novas gerações conheçam a história de coragem, liderança e visão política de uma das maiores mulheres de Minas Gerais.
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