CONVULSÃO

A convulsão envolve o estado de consciência, as condições motoras e de sensibilidade. Na convulsão o estado de consciência fica alterado, assim como as condições motoras e sensibilidade.

É um evento que ocorrer espontaneamente, do nada, ou é desencadeado por: febre alta, distúrbio hidroeletrolítico, lesões neurológicas, efeito de medicamentos, intoxicações exógenas.

-Distúrbio Hidroeletrolítico= desidratação, alteração na concentração de alguns elementos do sangue como sódio, potássio, cálcio e magnésio.

-Lesões neurológicas (derrames, sangramentos no Sistema Nervoso, traumatismos, tumores).

-Efeito de medicamentos= intoxicações (uso e/ou abuso de substância química).

(Quando a causa é identificada, esta é tratada e a crise não deverá voltar).

*Tipos de crises convulsivas (movimentos Generalizados ou de apenas uma parte do corpo).

Os principais:

1- Crise tônico-clônica generalizada.

-Caracterizada por perda da consciência; abalos musculares intensos nos quatro membros; respiração ruidosa e forçada; dentes fortemente cerrados; salivação intensa na forma de espuma; relaxamento do esfíncter anal e uretral (urina e fezes soltas).

-A crise dura alguns minutos, após a pessoa ficará um período sonolenta.

 

2- Crise parcial complexa:

Perda de contato com o meio ambiente- Movimentos repetidos que a pessoa não consegue controlar, podem ser lábios, braços ou pernas- mastigação ou engolir.

-Confusão mental após a crise (um a dois minutos).

3- Crise de ausência – ocorre um desligamento completo durante alguns segundos (até 30 segundos e interrompe o que está fazendo)- (várias vezes ao dia).

4- Crise mioclônica: contrações musculares súbitas e breves- parecida com choques elétricos; podem ser facial, do tronco, de um membro; não  há perda da consciência e ocorrem mais frequentemente ao despertar ou ao adormecer.

5- Crises parciais simples: não perda de contato com o meio ambiente. Perdas sensoriais; visuais (manchas pretas no campo visual). Gustativas (gosto de metal, doce queimado) olfativas (odor desagradável) e crises motoras (movimentos desordenados).

Em pacientes que já tem o diagnostico de epilepsia, o uso irregular da medicação, interrupção abrupta ou troca repentina da medicação, eventos estressantes, ansiedade e privação de sono, são causas possíveis da crise.

Tratamento da Crise:

Na maioria dos casos, as crises cessam sozinhas;

Tratamento médico inicial visa buscar causas reversíveis imediatas (exemplo a hipoglicemia); garantia da respiração; medicamentos para abortar a crise. Após isto o médico busca causas.

O que fazer na hora da crise.

-Voltar a cabeça e o corpo da pessoa para o lado, para evitar a aspiração de saliva ou alimentos caso apresente vômitos;

– Não tentar conter a pessoa, isso pode dificultar a respiração ou causar fraturas ósseas;

-Não interferir de maneira alguma nos movimentos (proteger com panos, roupas ou travesseiros para evitar traumas, lesões no corpo, principalmente cabeça).

-Retirar ou afrouxar peças de roupas que possam dificultar a respiração. Na medida do possível retirar relógios, pulseiras, colares – evitar traumas.

-Não colocar a mão na boca do paciente? risco de acidente para você e paciente.

OBS: Em crise a língua continua na mesma posição normal. O paciente para de respirar por causa da intensa descarga elétrica: cerebral – o que leva apresentar cianose – cor azulada em lábios e dedos (a língua fica, endurecida, assim como os demais músculos) – corte de língua, se houver – cicatriza entre um a dois dias.

– Arredar móveis e objetos ao redor, para evitar que o paciente se machuque ? afastar curiosos e dar espaço para o paciente.

– Não molhar o paciente e nem dar medicação pela boca na hora da crise (efeito de medicação é preventivo).

– Cessado a crise manter o paciente em decúbito lateral. (virado para o lado)- evitar engasgo, sufocamento.

– Aguardar ao lado da pessoa até que a respiração se normalize.

– Para não estimular o paciente – diminuir – ruídos e claridade;

-Sonolência é normal.

-Permita descanso ou até mesmo que durma.

-Depois encaminhá-la ao médico.

-Atentar para a possibilidade da repetição da convulsão.

-Nesse caso levar imediatamente ao médico.

-Se a crise não passar em até 5 minutos – providencie transporte imediato para remoção hospitalar. Ligue -192 SAMU.

 

Emerson Livramento Ferreira – Responsável Técnico na Santa Casa de Misericórdia de Prados.