AUTOMEDICAÇÃO

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Por muito que não aceitemos, vivemos em uma época de facilidades de acesso ao serviço médico e principalmente ao medicamento. A facilidade de se conseguir uma receita é assustadora.

Os avanços tecnológicos, a desenvoltura popular são conquistas essenciais à continuação do progresso, porém é imprescindível dosar bem o desfrutar das conquistas. “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose.”

Automedicação é o ato de tomar remédios por conta própria, sem orientação médica, ou ainda continuar tomando um remédio que foi prescrito há anos sem uma reavaliação médica. Arrisco a afirmar que é também automedicação, quando o paciente simula sintomas, formula uma história para conseguir uma receita médica.

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer conseqüências mais graves do que se imagina.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Se forem medicamentos controlados, os benzodiazepínicos, entre outros desta linha, requerem mais cautela, pois causam dependência.

Outra preocupação em relação ao uso do remédio, refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.

O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, conseqüências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Entre os riscos mais freqüentes para a saúde, daqueles que estão habituados a se automedicar, estão o perigo de intoxicação e resistência aos remédios. Todo medicamento possui riscos que são os efeitos colaterais.

O que nos leva a automedicação

A variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a facilidade de comercialização de remédios e a própria cultura e comodidade assimilada pela sociedade que vê na farmácia um local onde se vende de tudo; a grande variedade de informações médicas disponíveis, sobretudo em sites, blogs e redes sociais, também está entre os fatores que contribuem para a automedicação.

Estamos contaminados pelo imediatismo, em qualquer situação de desconforto queremos uma fórmula mágica e rápida para alívio de nossas aflições. É necessário que analisemos melhor nossas eloqüências e sejamos mais racionais. É fundamental que nos acautelemos mais, que busquemos mais prevenção e promoção do que tratamentos curativos.

Dicas primordiais para fugir da medicalização desnecessária: alimentação saudável, exercício físico, alimentar o espírito, repouso e sono, uso equilibrado dos prazeres a nós oferecidos, se ocupar com coisas úteis, procurar preencher-se de bons sentimentos.

Ministério da Saúde

Emerson Livramento Ferreira

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