Com o preço do minério em baixa e cenário desfavorável, a Vale teve um prejuízo de R$ 9,538 bilhões no primeiro trimestre deste ano, contra lucro de R$ 5,6 bilhões no mesmo período do ano passado.
Na última semana, durante apresentação dos resultados, o diretor executivo de Ferrosos da Vale, Peter Poppinga, disse que, se o mercado não reagir, a empresa manterá seus investimentos no Sistema Norte, onde o minério tem melhor custo de extração e fará cortes de custo em Minas Gerais, nos Sistemas Sul e Sudeste, onde ele é mais caro de ser extraído.
O sistema Sudeste é composto pelos complexos Itabira, Mariana e Minas Centrais (região de Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo). O sistema Sul é formado pelos complexos Vargem Grande (região de Nova Lima), Paraopeba (região de Nova Lima e Brumadinho) e Minas Itabirito (região de Itabirito e Congonhas).
No mercado internacional, o minério teve uma desvalorização de 51% em 1 ano, e minas antigas como a de Itabira por exemplo, acabam demandando um custo muito alto para a extração e transporte deste minério até o porto, de onde ele parte para o mundo todo.
Segundo o presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, Paulo Soares, “desde o começo do ano houve na região cerca de 2.300 cortes, sendo aproximadamente 150 funcionários diretos da Vale e o restante terceirizados. Até o ano passado, eram mais de 12 mil trabalhadores na região e, hoje, são menos de 10 mil.
Entre os trabalhadores do setor o temor e os boatos de possíveis demissões em massa são grandes. Entretanto, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a empresa está reacomodando sua mão de obra em função da desmobilização de alguns projetos, como Itabirito (MG) e S11D, em Carajás. Mas, a mineradora pretende chegar ao fim do ano com o mesmo número de funcionários de 2014.
Publicado em 04/05/2015 às 10:29
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