Nesta quarta-feira (24/4) foi celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite. Em 2019, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a importância da vacinação contra a doença, que é definida pela inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas meninges, e que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.
“As vacinas são consideradas uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças. O indivíduo que não se vacina coloca não só a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para o aumento da circulação de doenças”, avalia a coordenadora estadual de imunizações da SES, Josianne Gusmão.
Casos da doença ocorrem ao longo de todo o ano, sendo a versão bacteriana mais comum no inverno e, a viral, no verão. Além das vacinas contra alguns tipos de meningite, medidas preventivas, como manter ambientes ventilados e arejados e lavar as mãos frequentemente, ajudam a interromper a disseminação de muitos vírus e bactérias causadoras da doença. Evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres também é uma forma de prevenção.
Dados em MG
Em 2019, até o momento, foram confirmados 149 casos de meningites e 19 mortes pela doença no estado. Esses casos correspondem a todos os tipos da enfermidade. Em relação à doença meningocócica, foram confirmados, até o momento, 10 casos e 4 óbitos. Todos os casos suspeitos de meningite devem ser notificados aos serviços de saúde pública, imediatamente, para que as medidas de prevenção e controle sejam efetivadas de forma oportuna.
Como é feito o tratamento?
Devido à gravidade, os casos suspeitos de meningite sempre são internados. Por esse motivo, ao se suspeitar da ocorrência da doença, é fundamental a ida até a urgência ou emergência mais próxima para devida avaliação médica.
Para o tratamento das meningites bacterianas são administrados antibióticos, em ambiente hospitalar; para as meningites virais, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Em geral, as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade e se recuperam espontaneamente. Porém, alguns vírus, como herpes e influenza, podem provocar meningite e, neste caso, é indicado o uso de antiviral.
Nas meningites fúngicas, o tratamento em geral é mais longo e, de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente, altas e prolongadas dosagens de medicação são necessárias.
Nas meningites causadas por parasitas, tanto o medicamento contra a infecção, como as medicações para alívio dos sintomas, são administradas pela equipe médica. Nestes casos, os sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes e a medicação de alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento em si contra o parasita em questão.
Vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde
O SUS oferta no Calendário Básico de Imunização vacinas que protegem contra vários agentes causadores de meningite. São elas: A BCG (Meningite Tuberculosa), a Tríplice Viral (Meningite por sarampo e caxumba), a Pentavalente (meningite por Haemofilos influenzae b em crianças abaixo de 5 anos), meningocócica C conjugada e vacinas pneumocócicas conjugadas 10 valente (meningite pneumocócica – 10 tipos).
Sintomas
Os sintomas da meningite podem surgir de forma repentina e se caracterizam por febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Manchas avermelhadas também podem surgir nas formas mais graves da doença, além de confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar.
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