O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou na tarde desta quinta-feira (19), que a experiência de Minas Gerais com outras vacinações e o Plano de Contingência de Imunização que está sendo executado pelo governo garantem que o Estado está preparado estruturalmente para oferecer a imunização contra a Covid-19, quando as vacinas forem aprovadas. Em coletiva de imprensa, Amaral pontuou que isso dá principalmente pela forma como a vacinação será conduzida.
“Nós já temos todo o planejamento de logística e isso envolverá também a Polícia Militar, para que nós tenhamos certeza de que vai chegar vacina a todos os pontos de Minas Gerais. A vacinação, da forma que ela está sendo pensada, a partir de grupos vacinais, nós já temos estrutura para isso em Minas Gerais. Já fazemos esse tipo de vacinação nesse monte para gripe e outras campanhas”, explicou o secretário.
Amaral também destacou que as licitações para a aquisição de insumos e equipamentos já foram feitas e o governo não espera ter problema com essa questão. Já em relação aos aparelhos de resfriamento para armazenamento das vacinas, o secretário também pontuou que todas regiões de Minas estão preparadas.
“Hoje nós temos a rede de fria bem estabelecida no Estado, inclusive, em parceira com o Ministério da Saúde nós receberemos um pouco mais de equipamentos”, disse.
Minas Consciente
Quatro regiões definidas pela Secretaria de Estado de Saúde regrediram de fase nesta semana no Plano Minas Consciente, todas estavam na onda verde, estágio onde há a possibilidade de maior flexibilização de estabelecimentos e serviços.
As regiões Nordeste e Leste voltaram para a onda vermelha, onde apenas serviços essenciais são autorizados a funcionar, já as regiões Leste do Sul e Sudeste passaram para a onda amarela. Apesar da regressão, Amaral afirma que não há indicativos de que haja explosão de casos de coronavírus nessas regiões.
“O que nós vimos nessas regiões é que houve uma mudança no perfil epidemiológico. Toda vez que acontece essa mudança nós orientamos primeiro o retorno no Minas Consciente. De uma forma geral, nós não temos qualquer sinalização de uma explosão de casos, o que nós precisamos é ter uma sinalização, que é a que foi dada no Minas Consciente, de que é preciso tomar cuidado”, avaliou Carlos Eduardo Amaral.
O secretário também diz que o governo tem incentivado que as secretarias municipais façam reuniões virtuais e avaliem, constantemente, a necessidade de tomar alguma decisão específica quanto a proliferação do coronavírus. O secretário também reconheceu uma flutuação nas estatísticas, mas afirma que não há qualquer indicativo de que Minas Gerais poderá passar por uma segunda onda de Covid-19.
“Existe algumas flutuações. O fato de você ter um pequeno aumento não significa uma tendência. Neste momento, nós vínhamos em queda franca e é possível que nós atinjamos uma base e nós vamos flutuar nessa base. Não temos nenhuma evidência neste momento de que estamos com uma tendência a aumento ou uma segunda onda”, explica Amaral.
Desmobilização de leitos
O Comitê Extraordinário de Combate à Covid-19 decidiu interromper a desmobilização de leitos improvisados no Estado. Carlos Eduardo Amaral pontua que a medida se baseou nos dados da doença em Minas.
“O que nós vínhamos fazendo era o início de desmobilização de leitos que eram improvisados. Muitos eram leitos em corredor, sem a estrutura plena. Esses leitos nós orientamos à desmobilização, só que agora em que nós temos uma flutuação nítida não é momento para continuar desmobilizando. É provável que mais pra frente, com a chegada do verão e a tendência de queda de casos a gente tenha uma margem de segurança e possamos dar mais um passo”, disse.
Fonte: O Tempo
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