A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário rotineiro de vacinação de Minas Gerais desde 2008, sendo recomendada para todos que residem ou estão se deslocando para o estado. Mesmo ficando disponível nos postos de saúde durante todo o ano, cerca de 2,7 milhões de mineiros ainda não se vacinaram contra a doença. A meta definida pelo Ministério da Saúde para cobertura vacinal da doença é de 95%; em Minas a cobertura total está 92,71%.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Janaina Fonseca Almeida, explica que quem vai viajar para o estado deve estar vacinado contra a febre amarela, porque o vetor da doença está presente no nosso ambiente, circulando com o vírus e, sendo assim, as pessoas que não tenham se vacinado, estarão expostas.
“Com a proximidade das festas de Carnaval, época em que o estado e a capital recebem um grande número de foliões vindos de todas as partes, a preocupação se volta também para essas pessoas. Os turistas que estão se preparando para viajar para o estado devem se lembrar de vacinar. A orientação é tomar a dose pelo menos 10 dias antes da viagem”, explica Janaína.
A vacina é recomendada a partir dos 9 meses de idade. Gestantes e idosos acima dos 59 anos devem ser avaliados por uma equipe de saúde em relação ao benefício e risco da vacinação, levando em conta o risco de eventos adversos.
Seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde adotou os padrões internacionais da dose única. Ou seja: quem tomou 1 (uma) dose da vacina da febre amarela em qualquer fase da vida está imunizado pelo resto da vida, e não precisam do reforço.
Para as pessoas que não tenham o cartão de vacinação e não sabem se são vacinadas, recomenda-se procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer um novo Cartão de Vacina pelo SUS, e assim, se vacinar normalmente.
Cenário da doença em Minas
No período de monitoramento 2018/2019 até a presente data, não foram registrados casos humanos confirmados de febre amarela silvestre no estado de Minas Gerais.
Desde o início das notificações dos casos suspeitos de febre amarela silvestre que ocorreram no Estado, no final de 2016, foram adotadas diversas ações, entre elas a realização da vacinação casa a casa, nas regiões mais afetadas, na tentativa de alcançar a população não vacinada. Essa e outras estratégias, realizadas pelo Estado e municípios, elevaram a cobertura vacinal acumulada geral de 57,5%, no período de 2007 a 2016, para 92,7%, atualmente.
O período compreendido entre dezembro e maio é característico por apresentar um aumento nos índices de chuva e, consequentemente, na proliferação do vetor de transmissão da febre amarela silvestre, o Haemagogus e o Sabethes. Como nesse cenário a probabilidade da ocorrência de casos é maior, a vacina continua sendo a melhor forma de prevenção.
Mais detalhes em: www.saude.mg.gov.br/febreamarela.
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