Maior produtor de café do Brasil, Minas Gerais teve mais uma região incluída como produtora do grão. Através da Portaria nº 1.920, de 15 de maio de 2019, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) reconheceu o Campo das Vertentes como responsável pelo cultivo de café. O reconhecimento é considerado fundamental para o desenvolvimento e agregação de valor à produção.
De acordo com o IMA, um dos principais benefícios da declaração oficial da região como produtora de café é a possibilidade de os representantes dos cafeicultores entrarem com pedido de Identificação Geográfica (IG) no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A IG é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local é reconhecido pelo mercado ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve à origem.
No Brasil, a IG tem duas modalidades: a Denominação de Origem (DO) – que se refere ao nome do local que passou a designar produtos ou serviços, cujas qualidades ou características podem ser atribuídas à origem geográfica – e a Indicação de Procedência (IP) – que se refere ao nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço.
De acordo com o gerente de certificação do IMA, Rogério Carvalho Fernandes, para que a região do Campo das Vertentes fosse considerada produtora de café foram avaliados os registros históricos, a caracterização e a delimitação da área produtora de café.
Valorização – Ainda segundo Fernandes, quando um produto regional é reconhecido pelo Inpi, ocorre grande valorização do mesmo, o que é importante para mostrar que é um item especial, diferenciado e exclusivo. Além disso, a conquista promove desenvolvimento geral da região, com maior geração de renda, promoção da qualidade de vida dos produtores e movimentação da economia regional.
Segundo os dados da portaria publicada pelo IMA, a região produtora de café Campo das Vertentes é composta por 17 municípios. São eles: Bom Sucesso, Camacho, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Conceição da Barra de Minas, Ibituruna, Nazareno, Oliveira, Perdões, Ritápolis, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Francisco de Paula, São João del-Rei e São Tiago.
Em 2018, a região demarcada foi responsável pela colheita de aproximadamente 750 mil sacas de 60 quilos de café. A área em produção ficou em torno de 25 mil hectares.
No Estado, produtores de diversos segmentos já conquistaram oito Indicações Geográficas, sendo sete na modalidade Indicação de Procedência (IP) – peças artesanais em estanho (São João del-Rei), cachaça (Salinas), queijo (Serro e Canastra), café (Serra da Mantiqueira), biscoito (São Tiago) e própolis verde (Região da Própolis Verde de Minas Gerais) – e uma com Denominação de Origem (DO) do café (Cerrado Mineiro).
*Diário do Comércio
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