Desde o início da humanidade, o Sol sempre exerceu imenso fascínio em culturas de todo o mundo. Ao longo do ano, o astro-rei oscila lentamente em torno do equador celeste, atingindo suas posições extremas ao Norte e ao Sul nos meses de junho e dezembro, respectivamente. Essas ocasiões, os Solstícios, são motivo de celebração até hoje.
Em boa parte do Brasil, junho é sinônimo de noites frias e longas, mas também de céu límpido. É nessa época que podemos apreciar melhor o centro da nossa galáxia, a Via Láctea, na direção da constelação de Sagitário. Um excelente convite para apreciar a beleza do céu estrelado, desde que se esteja bem agasalhado.
CALENDÁRIO CELESTE
Dia 4: Mercúrio ao entardecer O planeta mais próximo ao Sol atinge sua melhor posição para visualização nos próximos meses. Olhe para o horizonte Oeste após o pôr do Sol, à direita da estrela Betelgeuse.
Dia 5: Lua na sombra Quando a Lua atravessa a região menos escura da sombra que a Terra projeta no espaço, temos um eclipse penumbral, fenômeno bastante sutil. O ápice acontece às 16h25, quando a Lua ainda estará abaixo do horizonte. O eclipse termina às 18h04, portanto os brasileiros poderão ver apenas o finalzinho dele.
Dia 19: Encontro ao amanhecer Vale a pena acordar bem cedo para ver essa conjunção da fina Lua minguante com a Estrela D’alva. O par fica visível a partir das 5h, a leste.
Dia 20: “Winter is coming” Às 18h43, o Sol atinge a posição mais ao norte na esfera celeste, marcando o início do verão no Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul, é o início do inverno, e também a noite mais longa do ano.
*Gustavo Rojas (@gurojas) é físico da Universidade Federal de São Carlos. Esta coluna foi certificada com o selo de qualidade da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).
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