A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um guia com orientações sobre o uso de máscaras por crianças de até 12 anos. As recomendações são especialmente oportunas considerando a aproximação do retorno às atividades escolares em diversos países do mundo, incluindo o Brasil.
A OMS determinou especificações diferentes para cada faixa etária. Crianças de até 5 anos de idade foram dispensadas do uso obrigatório de proteção facial, salvo em ocasiões específicas, como a apoximação física de alguém que esteja infectado. Nesse caso, é indispensável a presença de um adulto para supervisionar o uso seguro da máscara.
Uso de máscara por crianças de até 5 anos deve ser supervisionado por um adulto. Imagem: iStock
Crianças com deficiências intelectuais, distúrbios de desenvolvimento ou outras condições de saúde específicas também não são obrigadas a usar máscara. De acordo com a OMS, a necessidade de proteção deve ser avaliada pelos pais, educadores ou médicos da criança. Se a deficiência for relacionada ao trato respiratório, o uso de máscara é completamente desaconselhado.
O uso por crianças de 6 a 11 anos pode ou não ser obrigatório, a depender dos seguintes fatores:
A partir dos 12 anos de idade, o uso da proteção passa a ser obrigatório sob quaiquer condições.
De acordo com a OMS, crianças que apresentem comorbidades como fibrose cística, câncer ou imunossupressão devem usar máscaras médicas, assim como qualquer pessoa que tenha chances elevadas de manifestar quadros mais graves da Covid-19.
Crianças que tenham boas condições de saúde podem utilizar a máscara de papel ou de tecido. É importante, contudo, que um adulto certifique-se de que a proteção cobre o nariz, a boca e o queixo da criança.
Não há consenso sobre o retorno das aulas presenciais no Brasil. Em São Paulo, a reabertura das escolas estava prevista para setembro, mas, segundo informações da Folha, a hipótese já é considerada improvável nos bastidores do governo.
Na capital do estado, especificamente, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou na última terça-feira (17) que a volta em setembro não é uma possibilidade.
Mesmo assim, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) protocolou na Justiça uma ação pedindo que o retorno fosse mantido para as escolas particulares, ainda que opcional.
Reabertura das escolas causa preocupação a respeito de uma possível nova onda de contágio. Imagem: iStock
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido. Um parecer favorável ao Sieeesp iria de encontro aos dados divulgados pelo “inquérito sorológico” conduzido pela prefeitura de São Paulo, que avaliou 6 mil estudantes do ensino infantil ao Fundamental II.
Os resultados foram os seguintes:
Os dados levantados pelo inquérito sorológico são especialmente preocupantes se for levado em consideração o estudo de Harvard que, recentemente, demonstrou que as crianças podem carregar cargas virais absurdamente elevadas mesmo sem apresentar sintomas.
Com uma taxa de assintomáticos de 64,4% entre os alunos da rede estadual, o receio é que uma reabertura precoce das salas de aula possa ocasionar uma nova onda de infecções.
Via: OMS
*Olhar Digital
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